20 Discos que você deveria ter ouvido em 2011

/ Por: Cleber Facchi 03/07/2011

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Ano pela metade, milhares de lançamentos e você ainda não conseguiu ouvir tudo que foi despejado no mundo da música? Sem problemas, para facilitar um pouco sua vida separamos 20 discos que você deveria ter ouvido 2011. De um lado quinze lançamentos internacionais, do outro, cinco pérolas da música nacional (veja outra ótima lista só de discos brasileiros aqui) que tem movimentado o cenário musical desde o começo do ano. Antes que algum indivíduo revoltado comece a reclamar que faltam alguns discos (sim, a gente sabe que Fleet Foxes, Metronomy, Bon Iver, The Pains Of Being Pure At Heart, Tyler The Creator e mais uma pilha de projetos ficaram de fora), nosso critério de escolha foi baseados em discos menos populares ou que talvez passem despercebidos por outras listas. Sem uma posição específica – final do ano teremos a nossa tradicional lista dos 50 melhores e aí sim, cada um em sua ordem correta -, todos os álbuns merecem muito serem ouvidos. Aproveitem o espaço nos comentários e deixem a indicação dos seus melhores discos ou aquele álbum que vocês acham que ficaram de fora da nossa modesta lista.

The Antlers
Burst Apart (Frenchkiss Records)
Gênero: Slowcore/Indie/Alternative

 

Embora sejam inúmeros os trabalhos que tragam os relacionamentos (ou términos deles) como força motriz para as composições, raríssimos são os álbuns que conseguem abordar o tema de maneira verdadeiramente sincera ou que se desvencilhem das redundâncias que por vezes os transformam em algo cansativo e desnecessário… (Continue lendo)

Wild Beasts
Smother (Domino Records)
Gênero: Indie/Minimal/Alternative

São diversos os fatores que transportaram o Wild Beasts para dentro do panorama introspectivo e cuidadoso que vai se desenvolvendo no decorrer do trabalho. Entre os principais elementos está a mudança de casa da banda, originária de Kendal, na Inglaterra e que agora reside no distrito londrino de Dalston, onde parte do trabalho foi registrado… (Continue Lendo)

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Pure X
Pleasure
Gênero: Dream Pop/Lo-Fi/Slowcore

Embora se apresente como um trabalho de dez faixas, Pleasure (2011), álbum de estreia dos texanos parece dar sequência a uma composição única, uma faixa densa com quase 40 minutos e que sabe como concentrar tudo o que há de mais estranho, viajado e de certo modo assustador vindo das últimas quatro décadas do cenário musical… (Continue Lendo)

Julianna Barwick
The Magic Place (Asthmatic Kitty Records)
Gênero: Experimental/Ambient/Drone

Assim como o essencial Does It Look Like I’m Here (2010) do trio Emeralds ou os bons discos de Tim Hacker lançados na década passada, esse The Magic Place (2011) trabalho de estreia da nova-iorquina Julianna Barwick é um registro sonoro sofisticado e que deve ser apreciado de maneira cuidadosa… (Continue Lendo)

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Iceage
New Brigade (Tambourhinoceros)
Gênero: Punk/Post-Punk/Garage Rock

Tocando juntos desde os 12 anos de idade, os jovens Johan Surrballe Wieth, Dan Kjaer Nielsen, Elias Bender Ronnenfelt e Jakob Tvilling, todos na casa dos 20 anos e habitantes da capital dinamarquesa Copenhagen trazem em sua estreia o tom de luta, contestação e instabilidade, seja ela política ou instrumental… (Continue Lendo)

Pictureplane
Thee Physical (Lovepump United Records)
Gênero: Electronic/Witch House/Electro

Caso raro dentro dessa tendência, o produtor norte-americano Travis Egedy brinca com as experimentações em Thee Physical (2011, Lovepump United Records), mais recente trabalho sob a alcunha de Pictureplane, sem que para isso precise se desvincular de um trabalho dançante, fácil e com um fundo de comercial… (Continue Lendo)

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Long Arm
The Branches (Project Mooncircle)
Gênero: Electronic/Experimental/Jazz

Lançado através do selo Project Moon Circle, que traz como foco a produção de música eletrônica, experimental e o hip-hop alternativo, o disco é uma enorme convergência de sons, períodos e gêneros musicais diversos, que quando expostos pelas mãos hábeis do produtor russo resultam em um tipo de som único… (Continue Lendo)

Shabazz Palaces
Black Up (Sub Pop)
Gênero: Experimental/Hip-Hop/Rap

Se as batidas eletrônicas trabalhadas de maneira límpida e padronizada são os elementos que conduzem boa parte dos trabalhos ligados ao rap, aqui pelo menos elas são desenvolvidas da maneira mais instável possível, carregadas de ruídos, métricas imprecisas e interferências constantes… (Continue Lendo)

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Fabio Góes
O Destino Vestido de Noiva (Phonobase)
Gênero: Alternative/Singer-Songwriter/Indie

Menos denso que o debut de 2007, O Destino Vestido de Noiva (2011) retrata um artista ainda mais habituado aos sons e temáticas que trouxe em sua inicial obra, mantendo as mesmas climatizações e a mesma fluência proposta, porém, trazendo um novo catálogo de possibilidades instrumentais e poéticas a serem desenvolvidas com o mesmo empenho que o da estreia… (Continue Lendo)

Nicolas Jaar
Space Is Only Noise (Clown and Sunset)
Gênero: Electronic/Minimal/Experimental

Ao contrário do minimalismo que flui nas ressonâncias do dubstep, o músico norte-americano se apoia no desenvolvimento de faixas voltadas para o jazz, deep house e para o experimentalismo. A climatização desenvolvida dentro do álbum vem muito por conta da adolescência de Jaar e suas aventuras por banda de ascendência jazzísticas… (Continue Lendo)

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Romulo Fróes
Um Labirinto em Cada Pé (Independente)
Gênero: Samba/Alternative/Indie

Em seu mais recente álbum, Um Labirinto em Cada Pé (2011), Fróes nos convida a adentrar um majestoso labirinto de versos, melodias, sensações e ruídos, usando sua voz e a ampla instrumentação que a cerca como uma espécie de guia. Feito o novelo de lã que conduz o personagem de Teseu para fora do embaraço de formas sólidas… (Continue Lendo)

WU LYF
Go Tell Fire To The Mountain (Independente)
Gênero: Experimental/Lo-Fi/Noise

Mais recente lançamento a vir das úmidas terras britânicas é o álbum Go Tell Fire To The Mountain (2011) do quarteto WU LYF (World Unite Lucifer Youth Foundation), um dos trabalhos mais excêntricos e revolucionários que vieram do velho continente na última década… (Continue Lendo)

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Hierofante Púrpura
Transe Só EP (Transfusão Noise Records/Popfuzz Records)
Gênero: Experimental/Psychedelic/Alternative Rock

Transe Só EP (2011) é um trabalho que teve início lá em 2009 quando Danilo Sevali (baixo, piano e vocal) Gabriel Mattos (guitarra) e Diego Menichelli (bateria) lançaram a dobradinha de EPs Adubado e Crise de Creize, ambos trabalhos que se apresentavam em um formato ainda mais inovador do que fora proposto com o lançamento de Asucar-Çugar EP de 2006… (Continue Lendo) (Leia uma entrevista com a banda)

Cícero
Canções de Apartamento (Independente)
Gênero: Indie/Singer-Songwriter/Alternative

No apartamento de Cícero talvez se acumulem sim algumas caixas, porém, dentro delas nenhum objeto metálico, emadeirado ou adornado por vidro e cerâmica, mas sim memórias, recordações vindas de um passado recente e que o jovem músico esporadicamente tende a visitar… (Continue Lendo)

Destroyer
Kapput (Merge)
Gênero: Indie/Alternative/Chamber Pop

Através da inserção de um arranjo discreto de metais Kapput nos transporta para dentro de sua aura vintage repleto de elementos jazzísticos. A base para o Destroyer é a musicalidade próxima do Baroque Pop, porém suas composições se distinguem e vão buscar inspiração nos grandes mestres do Jazz como Miles Davis (principalmente), John Coltrane e Chat Baker além de uma passeio pelo Soft Rock dos anos 70… (Continue Lendo)

Nuda
Amarénenhuma (Independente)
Gênero: Experimental/Psychedelic/Alternative Rock

Existe algo de excêntrico, místico e inexplicável dentro das canções da pernambucana Nuda. Desde que Mais Cor, Menos Quem (primeiro EP do grupo) ganhou formas em 2008, com a banda trançando climatizações regionais, samba, rock e experimentalismos diversificados, que o quarteto originário da efervescente Recife curvou um bom número de olhares e ouvidos para si… (Continue Lendo)

tUnE-yArDs
W h o k i l l (4AD)
Gênero: Experimental/Indie Pop/Female Vocalists

Dando sequência ao mesmo tipo de som repleto de bizarrices folk, experimentalismos eletrônicos, batidas fora de ritmo, inserções de afrobeat e um descontrole controlado, a jovem de Oakland nos presenteia com o ótimo W h o k i l l (assim mesmo, com espaço entre as letras), outra pérola repleta de esquisitices pop… (Continue Lendo)

The Middle East
I Want That You Are Always Happy (Spunk Records)
Gênero: Indie/Folk/Post-Rock

Uma audição rápida pode até dar ao disco certo caráter simplista (uma falácia). Enquanto no primeiro álbum os australianos desenvolviam texturas colossais ao longo de oito canções marcadas por longas viagens acústicas, no recente trabalho há o explorar de um autocontrole e maior concisão nas melodias… (Continue Lendo)

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Cloud Nothings
Cloud Nothings (Wichita/Carpark)
Gênero: Lo-Fi/Indie Rock/Punk

Comandado pelo inexperiente/experiente Dylan Baldi de apenas 18 anos, a banda surgiu há pouco mais de dois anos na cidade de Cleveland e de lá pra cá foi responsável pelo lançamento de alguns bons discos 7” e singles, que não ficariam incoerentes se inseridos em algum álbum do Guided By Voices ou em alguma fita cassete de determinadas bandas dos anos 90… (Continue Lendo)

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Fucked Up
David Comes To Life (Matador Records)
Gênero: Hardcore/Punk/Alternative Rock

Se em 2008 você soube destinar uma pequena parte de sua vida para apreciar o trabalho da canadense Fucked Up, ou mais especificamente seu segundo disco The Chemistry of Common Life, então você provavelmente destinará muitas horas a mais para David Comes to Life, terceiro trabalho de estúdio do sexteto de Toronto e que apenas vem para solidificar ainda mais a curta, porém essencial discografia da banda… (Continue Lendo)

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.