Baleia: “Estrangeiro”

/ Por: Cleber Facchi 22/02/2016

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O coro de vozes cresce lentamente. Desimpedidos, arranjos de cordas, instrumentos de percussão e guitarras distorcidas criam um intenso e curioso pano de fundo. Arcade Fire encontra Dirty Projectors, os brasileiros do Titãs esbarram na obra do grupo norte-americano Grizzly Bear. São pouco mais de quatro minutos em que o coletivo carioca Baleia faz de Estrangeiro, primeiro fragmento do novo registro de estúdio, uma composição que sintetiza com acerto o nome grandioso que a banda ostenta.

Partindo exatamente de onde a o grupo parou há três anos, durante o lançamento do ótimo Quebra Azul – um dos 50 melhores discos nacionais de 2013 -, a nova faixa se fragmenta em uma colisão de ideias tão instável quanto concisa. Um catálogo imenso de pequenas explosões, mas que caminha em um sentido oposto ao que é explorado nos versos da canção – um retrato do isolamento de qualquer indivíduo em um grande centro urbano.

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Baleia – Estrangeiro

 

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.