Belle & Sebastian: “Paper Boat” (VÍDEO)

/ Por: Cleber Facchi 10/04/2015

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A capacidade de contar boas histórias talvez seja o principal instrumento de trabalho a cada novo álbum do Belle and Sebastian. Personagens fictícios esbarram nas histórias reais de Stuart Murdoch, dramas corriqueiros se escondem em meio a confissões intimistas e versos irônicos passeiam em meio a bases sutis, como se histórias tipicamente adultas fossem acomodadas em uma estrutura de composição pueril. Com o nono álbum de estúdio, Girls in Peacetime Want to Dance (2014, Matador), a essência da banda permanece a mesma, entretanto, a estrutura musical agora é outra, íntima das pistas de dança.

Longe de escapar do mesmo ambiente confortável (e pop) reforçado desde Dear Catastrophe Waitress (2003), cada instante do sucessor de Write About Love (2010) parece articulado em meio a tímidos passos de dança. Poderia ser um material perdido do ABBA – na fase Arrival (1976) – ou mesmo uma versão menos frenética do Cut Copy em In Ghost Colours (2008), mas é apenas um curioso exercício de criação, a tentativa de Murdoch em encaixar seus tradicionais temas humanos em cima de descompassadas coreografias. Leia a resenha completa.

Se Girls in Peacetime Want to Dance (2015) não seduziu você, talvez a inédita Paper Boat agrade. Livre da sonoridade “eletrônica”e dançante lançada no último álbum do Belle and Sebastian, a canção parece estreitar os laços com a boa fase do grupo nos anos 1990. Difícil acreditar que uma faixa tão graciosa tenha ficado de fora de The Boy With The Arab Strap, terceiro álbum de inéditas do coletivo e álbum originalmente lançado em 1998.

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Belle & Sebastian- Paper Boat

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.