Blood Orange: “Sandra’s Smile” (VÍDEO)

/ Por: Cleber Facchi 28/10/2015

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O discurso político/social cada vez mais toma conta do trabalho de Blood Orange. Depois de discutir o universo LGBT e diversos aspectos dos marginalizados em Cupid Deluxe (2013), Dev Hynes, responsável pelo projeto, decidiu ser aprofundar na sequência de prisões, assassinatos e ataques contra negros em diferentes pontos dos Estados Unidos. Tema que surge de forma delicada (e experimental) no último single do artista, Do You See My Skin Through The Flames?, mas que ecoa com naturalidade na recém-lançada Sandra’s Smile.

Inspirado pelos acontecimentos que marcam a morte trágica da norte-americana Sandra Bland dentro de uma cadeia, Hynes canta: “Fechamos os olhos por um tempo / mas eu ainda vejo o sorriso de Sandra“. Na sequência de versos melódicos que seguem até o último ato da faixa, o cantor ainda relembra a batalha de Sybrina Fulton, mãe do jovem Trayvon Martin, adolescente negro que foi assassinado ao ter seu perfil confundido com o de um criminoso. O resultado está em uma colisão melancólica de temas e referências que transportam Hynes para o começo dos anos 1990, flertando com o R&B de grupos como Boyz II Men, sem necessariamente se distanciar da presente temática racial.

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Blood Orange – Sandra’s Smile

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.