Burial: “Claustro” / “State Forest”

/ Por: Cleber Facchi 17/06/2019

Poucas vezes antes o som produzido por William Bevan pareceu tão acessível e, ao mesmo tempo, desafiador, quanto na sequência formada por Claustro e State Forest. Mais recentes lançamento do recluso produtor inglês, o trabalho vai do 2-step britânico em um claro diálogo com as pistas ao profundo recolhimento criativo. Pouco mais de 13 minutos em que o artista, responsável pelo clássico Untrue (2007), reflete a completa versatilidade dentro de estúdio, mudando de direção em uma criativa sobreposição de ideias e temas instrumentais que sintetizam a atmosfera urbana que marca a obra do artista.

Sequência ao material entregue há dois anos, em Rodent, o trabalho utiliza da inédita Claustro como uma interpretação acessível do som produzido por Bevan em obras como Street Halo (2010) e Kindred EP (2012). Da composição das batidas ao uso da voz, poucas vezes antes o produtor inglês pareceu dialogar com as pistas de forma tão expressiva, lembrando uma versão soturna de conterrâneos como Disclosure. Na canção seguinte, State Forest, um claro exercício de profundo recolhimento criativo. São pouco mais de oito minutos em que o produtor lida de forma cuidadosa com a colagem de ruídos e variações atmosféricas.


Burial – Claustro / State Forest

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.