Cozinhando Discografias: Sonic Youth

/ Por: Cleber Facchi 22/07/2013

Por: Allan Assis, Cleber Facchi e Fernanda Blammer

Sonic Youth

A seção Cozinhando Discografias consiste basicamente em falar de todos os álbuns de um artista ignorando a ordem cronológica dos lançamentos. E qual o critério usado então? A resposta é simples, mas o método não: a qualidade. Dentro desse parâmetro temos uma série de fatores determinantes envolvidos, que vão da recepção crítica do disco no mercado fonográfico, além, claro, dentro da própria trajetória do grupo e seus anteriores projetos. Vale ressaltar que além da equipe do Miojo Indie, outros blogs parceiros foram convidados para suas específicas opiniões sobre cada um dos trabalhos, tornando o resultado da lista muito mais democrático e pontual.

Banda responsável pela mais extensa (e difícil) discografia já analisada em nossa seção, a nova-iorquina Sonic Youth surgiu no começo da década de 1980 como parte de todas as transformações que ocupavam a música naquele momento. Herdeira do The Velvet Underground e inicialmente inclinada aos mesmos inventos do Pós-Punk britânico, o grupo encabeçado por Thurston Moore, Kim Gordon e Lee Ranaldo trouxe nos ruídos um princípio de novidade para a música da época. Responsável por uma seleção de clássicos que atravessam quase três décadas e diferentes fases da música norte-americana, a veterana do rock alternativo é a escolhida para ter as obras listadas – do pior para o melhor – em nosso especial.

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#15. Bad Moon Rising
(1985, Homestead)

Por mais que a crueza exposta em Confusion Is Sex (1983) apresentasse uma banda em pleno estágio de descoberta e busca por identidade, havia no esforço do grupo nova-iorquino um entendimento pleno sobre a própria obra. Curioso observar como o mesmo desempenho não se repete durante a construção de Bad Moon Rising. Segundo álbum de estúdio do Sonic Youth e tentativa forçada de maturidade, o registro cresce em uma medida lento e redundante, ocultando a raiva imposta pelo grupo desde o começo de carreira. Ainda que distante da relação com o Pós-Punk e antecipando conceitos que seriam melhor explorados em EVOL (1986) e Sister (1987), o álbum se perde em uma tentativa da dupla Moore e Ranaldo em costurar experimentos imensos com versos aleatórios. São temas como satanismo, loucura e uma forte relação com as trevas que simplesmente se desfazem em meio ao catálogo de sons que buscam repetir a mesma atuação do The Velvet Underground pós-White Light/White Heat. Felizmente a banda ainda teria tempo para se recuperar.

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Sonic YOuth

#14. NYC Ghosts & Flowers
(2000, DGC)

O Sonic Youth vinha de uma sequência de bons lançamentos e repercussão positiva por parte do público/crítica desde o fim da década de 1980. Dessa forma, ao alcançar os anos 2000 o grupo parecia mais uma vez em busca de novidade, esforço que tenta se sustentar nas guitarras climáticas e nos rumos assumidos no interior de NYC Ghosts & Flowers. Possivelmente influenciada pela relação com o guitarrista e produtor Jim O’Rourke, com a chegada do novo disco a banda regressava aos mesmos elementos tramados anos antes em Bad Moon Rising (1985), ocultando a presença de possíveis Hits – bem distribuídos no começo dos anos 1990 – para lidar com um ambiente de esforço musical hermético. Apostando no uso de bases densas e vocais posicionados em segundo plano, o disco custa a se desenvolver, assumindo no esforço sufocante dos sons uma sequência de músicas que não parecem agradar ninguém – nem a própria banda. Era apenas um ensaio para aquilo que o grupo viria a desenvolver com real acerto em Murray Street.

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Sonic Youth

#13. The Eternal
(2009, Matador)

Desde o reforço musical imposto com a chegada de Murray Street (2002), o Sonic Youth parecia ter encontrado um espaço próprio no rock alternativo dos anos 2000. De forte aproximação com a essência construída na década de 1980 e cada vez mais inclinada ao experimento, a banda fez de obras como Sonic Nurse (2004) e Rather Ripped (2006) trabalhos de puro aproveitamento, mas que lentamente ofegavam cansaço acumulado, algo The Eternal trouxe em excesso. Sustentado em cima de uma fórmula pronta, o álbum nada mais é do que uma versão do Sonic Youth sobre a própria banda, marca que a banda reforça em canções que ecoam como sobras de estúdio dos trabalhos anteriores. Ainda que demonstre uma maior unidade e cooperação entre a tríade Moore-Gordon-Ranaldo, o disco custa a engrenar, resultado de faixas que substituem os ruídos tradicionais por uma interpretação límpida da obra prévia da banda. Mesmo fraco o trabalho alimenta boas canções, caso de Anti-Orgasm e Antenna, faixas cercadas em um ambiente individual dentro do disco. Barrando qualquer tentativa do grupo em se reinventar, The Eternal finaliza a carreira do Sonic Youth, que encerrou as atividades dois anos após o lançamento do disco.

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Sonic Youth

#12. A Thousand Leaves
(1998, DGC)

Uma pós-produção cuidadosa marcou boa parte dos discos assinados pelo Sonic Youth, principalmente no começo da década de 1990, quando produtores como Butch Vig passaram a administrar os ruídos que levaram o grupo a ser comercialmente conhecido. Com A Thousand Leaves a banda parece atuar de forma diferente. Retorno criativo ao início de carreira menos comercial, o álbum segue impulsionado pela instabilidade dos sons, uma quebra naquilo que a banda havia exposto três anos antes em Washing Machine (1995). Trabalhado em cima de Ideias incompletas e sugestividade, – que em momentos como Hit’s of Sunshine (For Allen Girsberg) e Female Mechanic Now on Duty incorporam uma roupagem ainda menos solta -, o disco autoriza a banda a lidar com o improviso de forma constante, abastecendo jams que não facilitam para a voz de Kim Gordon. Trabalho recomendado para ouvidos já habituados ao som dos nova-iorquinos, Thousand Leaves antecipa exageros que viriam a ocupar o trabalho do grupo nos lançamentos seguintes.

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#11. Experimental Jet Set, Trash and No Star
(1994, DGC)

A raiva e o descontrole que escorrem musicalmente em Dirty (1992) são entendidos de forma oposta dentro de Experimental Jet Set, Trash and No Star. Oitavo registro em estúdio da banda, o álbum parece aprimorar a “calmaria ruidosa” que a banda havia dado início em Goo, transformando as 14 faixas do disco em uma interpretação curiosa do universo proposto inicialmente pelos nova-iorquinos. Enquanto músicas como Screaming Skull incorporam a distorção em uma medida abafada, faixas como Skink e demais composições assumidas pelos vocais de Kim Gordon acertam pela quase delicadeza dos sons. Fortemente relacionado com toda a exposição dada ao rock alternativo no mesmo período, o trabalho se constrói inteiramente no uso de composições mais curtas, quase radiofônicas ou possivelmente comerciais para a época. Com produção também assumida por Butch Vig, o disco parece limitar o ambiente experimental do grupo, o que de forma alguma prejudica o rendimento do álbum, um dos mais curiosos em toda a discografia da banda.

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Sonic Youth

#10. Confusion Is Sex
(1983, Neurtal)

Assim como o autointitulado EP que apresentou a banda em 1982, Confusion Is Sex, estreia definitiva do Sonic Youth é uma tentativa do grupo nova-iorquino em assumir identidade a todo o custo. Fortemente influenciado pelo pós-punk inglês – principalmente o trabalho de bandas como Wire e Joy Division -, o álbum assume no desconforto entre as guitarras e bateria o eixo que orienta o registro em totalidade. Enquanto Lee Ranaldo e Thurston Moore se divertem em meio a experimentos tortos de distorção, a bateria dividida entre Jim Sclavunos e Bob Bert contribui para o fomento de um ambiente obscuro e tortuoso, amenizado vez ou outra de pela presença atmosférica de Kim Gordon. Embora instável, o álbum revela uma série de elementos característicos das futuras obras do grupo, como as letras tomadas por referências literárias, passeios voluntários pela Avant-Garde e uma forte relação com os inventos mais raivosos das décadas de 1960/70 – como a estranha inclusão de I Wanna Be Your Dog do The Stooges.

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SOnic Youth

#09. Rather Ripped
(2006, Geffen)

Um rompimento natural com a experimentação e uma passível relação de aprimoramento com o Noise Pop conduzem a experiência da banda (e do ouvinte) em Rather Ripped. Já sem a presença de Jim O’Rourke (que acompanhou o grupo até 2005) e com Gordon à frente do baixo novamente, as guitarras passam a exercer diferentes funções dentro do grupo, resultando em um registro emocionalmente frágil – tanto nas letras como na sonoridade. Diminuem os ganchos tortuosos, a instrumentação ruidosa deixa de assustar pela imprevisibilidade de suas aparições e com isso os solos se transformam em elemento de alavanca para as músicas. Conciso e caminhando para um amadurecimento geral de seus integrantes, o disco vale por faixas como a simples e bela Do you Believe in Rapture? e a quase abandonada Turquoise Boy, com Kim Gordon se redimindo nos vocais.

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Sonic Youth

#08. Murray Street
(2002, DGC)

O revival Pós-Punk, as novas experimentações que ocupavam a cena alternativa e todo um jogo de transformações na música dos anos 2000 davam a entender que o Sonic Youth precisava se renovar. Depois de enfrentar a recusa do público e de boa parte da crítica com NYC Ghosts & Flowers (2000), o grupo trouxe na construção de Murray Street a entrada definitiva para o novo século. Outrora colaborador, Jim O’Rourke assume a posição de quinto membro definitivo da banda, utilizando das sete faixas que caracterizam a obra como um espaço de plena invenção. Extensas, músicas como Rain On Tin, Karen Revisited e Sympathy for the Strawberry ultrapassam os sete minutos de duração, possibilitando ao grupo a formação de imensas tapeçarias sonoras, solos límpidos alternados por momentos de puro ruído e letras atentas que vinham assinadas pelo coletivo. Delineado por construções sonoras marcadas pela psicodelia e referências diretas ao trabalho exposto em Daydream Nation (1988), Murray Street (o nome veio da rua onde ficava o estúdio da banda) era a prova de que o Sonic Youth estava de volta, tão inventivo quanto em começo de carreira.

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Dirty

#07. Dirty
(1992, DGC)

Se Goo era uma formatação mais organizada dos ruídos do Sonic Youth, Dirty é o que menos se esperava para o trabalho seguinte. Respondendo a alta expectativa do anterior, porém lançando mão de um trabalho ainda mais barulhento, surge aqui um álbum que mergulha de cabeça no noise rock de certeiro flerte com o progressivo e o grunge, o último assegurado pela a cuidadosa produção de Butch Vig (mesmo de Nevermind do Nirvana). Ranaldo, Moore e Gordon criam canções mais rápidas e pesadas, um dos efeitos da gradual troca de Kim do baixo pela terceira guitarra. Além de melodias mais claras (Vig obrigou o Sonic Youth a ensaiar as músicas antes que fossem gravadas), o álbum marca uma pausa no distanciamento lírico e uso de metáforas na crítica social das letras. Em músicas como Swinsuit Issue e Shoot, Kim Gordon é mais aberta em sua defesa ao feminismo que em Kool Thing, por exemplo. Moore também se arma de novos argumentos em seu posicionamento ao caso de assédio sexual à Anita Hill (mencionado em You Against Fascism), que conta ainda com participação de Ian Mackaye do Fugazi. Um álbum sujo, barulhento e direto, logo, um típico disco do Sonic Youth.

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#06. Sonic Nurse
(2004, Geffen)

Se Murray Street serviu para apresentar o trabalho do Sonic Youth a toda uma nova geração de ouvintes, então Sonic Nurse veio para mostrar o quanto o grupo poderia se transformar em pouquíssimo tempo. Segundo registro com Jim O’Rourke como membro definitivo da banda, o 13º álbum do grupo nova-iorquino mostra a forma como a banda dança pelo experimento em um completo estágio de criatividade, anarquia e certa dose de autocontrole. Do momento em que Kim Gordon inaugura o disco com Pattern Recognition, passando pelo solo rápido de Stones e as métricas distorcidas de Paper Cup Exit, tudo reforça a presença inventiva da banda, que sabe como alternar momentos de calmaria experimental com instantes de puro caos e ruptura. Dividido entre referências próprias do universo da banda e encaixes literários que acompanham o grupo desde o começo dos anos 1980, Sonic Nurse apura a versatilidade nos versos de Moore, que transforma a obra em um catálogo imenso de histórias, desilusões e sentimentos. Seria o último grande disco do Sonic Youth.

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EVOL

#05. EVOL
(1986, SST)

A herança do The Velvet Underground, Wire, The Stooges e outras bandas veteranas serviram como base para a construção dos dois primeiros discos do Sonic Youth. Entretanto, faltava ao grupo real identidade e um sentido de transformação oculto nas primeiras músicas, esforço que a banda revela com experimento na composição obscura que alimenta EVOL. Gravado em poucos dias, o terceiro álbum de estúdio da banda nova-iorquina aponta para um maior interesse pela música de vanguarda e um distanciamento da essência impulsionada pelo pós-punk. Surgem assim composições cada vez mais extensas, como Star Power e Expressway to Yr. Skull, que fragmentam a sonoridade da banda em pequenos atos, além de posicionar com maior esforço a atuação individual de cada integrante. Mezzo cantado, mezzo declamado, o álbum assume parte da interpretação que viria a guiar o grupo pelos próximos discos, sustentando na estranheza dos sons uma obra de essência amarga e versos adornados pelo caráter urbano.

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Sonic Youth

#04. Washing Machine
(1995, DGC)

Depois da fase mais criativa do grupo – entre o fim da década de 1980 e o começo dos anos 1990 -, era esperado que o Sonic Youth mergulhasse em comodidade, resgatando parte da sonoridade previamente adquirida como base para a própria obra. Todavia, contrariando qualquer sentido de calmaria ou possível redundância, a banda fez de Washing Machine, nono registro em estúdio, uma visível transformação da própria essência. Os ruídos, as líricas urbanas e a experimentação característica estão presentes em todo o álbum, a diferença está na forma como a banda parece alinhar todos os elementos em um bloco de vozes e distorções quase intransponíveis. Visivelmente cercado por elementos do grunge, o disco intensifica a presença da banda na produção e mixagem das canções, deixando para o produtor convidado, John Siket, apenas a tarefa de finalização do disco. Ainda que caótico, o álbum não esconde a presença de faixas mais “comerciais”, como Little Trouble Girl (parecia com Kim Deal) e The Diamond Sea, que mesmo com 19 minutos prende pelo manuseio inventivos das guitarras e versos de Moore. Com boas vendas e uma turnê de divulgação bastante concorrida, a banda parecia viver sua melhor fase, longe, muito longe, de qualquer comodidade.

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Goo

#03. Goo
(1990, DGC)

Passado o lançamento da obra-prima Daydream Nation (1988), Thurston Moore, Kim Gordon e os demais parceiros do Sonic Youth bem poderiam descansar. Felizmente eles resolveram ir além, pervertendo a própria essência. Ao transformar Goo em um ponto de ruptura em relação ao que fora conquistado dois anos antes, o grupo abriria de forma criativa as portas para o que seria testado na década de 1990, substituindo os imensos experimentos sonoros de Moore e Lee Ranaldo por uma ambientação quase confortável. Ainda que os ruídos que definiram a carreira da banda estejam por todas as partes da obra, há no esforço do grupo um desejo de novidade, exercício que constrói o álbum em uma medida agridoce de vocais (metade de Moore, metade de Gordon), bem como o uso de versos quase descritivos em torno do próprio universo do grupo. Comercialmente bem recebido, Goo levaria o grupo e “novatos” como Nirvana e Dinosaur Jr a excursionar pela Europa no ano seguinte, turnê que alimenta o documentário 1991: The Year Punk Broke, de Dave Markey.

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Sister

#02. Sister
(1987, SST)

Temáticas orientadas pela literatura de ficção científica, um regresso aos sons dos anos 1970 e doses consideráveis de ruídos impulsionam a construção de Sister, quarto registro em estúdio do Sonic Youth e um ponto de divisão na carreira da banda nova-iorquina. Dando sequência aos elementos acumulados meses antes com o lançamento de EVOL (1986), o trabalho assume em contornos temáticos uma completa reformulação no uso das guitarras, instrumentos que tingem o álbum com uma exposição ora ambiental, ora consumida pelas inquietação. Tendo como base os livros de Philip K. Dick, o álbum embarca voluntariamente em um cenário hermético na carreira do grupo, antecipando conceitos que guiariam Daydream Nation no ano seguinte e abrindo espaço para que Thurston Moore e Lee Ranaldo desenvolvam um plano de fundo instrumental totalmente caótico. Bem representado pela capa repleta de colagens e imagens desconcertantes, Sister reforça a maturidade que o grupo viria a assumir, entregando pelos próximos anos uma das sequências mais bem resolvidas de lançamentos do rock alternativo.

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#01. Daydream Nation
(1988, Enigma)

Mesmo a maturidade exposta em EVOL e Sister seriam incapazes de prever o salto criativo assumido pelo Sonic Youth em Daydream Nation. Obra mais complexa e hermética dentro da discografia da banda, o álbum resgata elementos específicos da década de 1970 – principalmente da obra do The Velvet Underground -, como um princípio de novidade para o grupo parecia inclinado a desenvolver naquele momento. Musicalmente raivoso, o disco se distancia da porção climática que havia guiado a banda em boa parte dos trabalhos que o antecedem, revelando na presença de Nick Sansano – escolhido justamente pelo trabalho com o Public Enemy e outros registros com o foco no Hip-Hop – a produção de uma obra de arquitetura intensa. Centrado em uma interpretação esquizofrênica de Thurston Moore sobre o universo de William Gibson e Philip K. Dick, o disco apresenta um cenário metaforicamente relacionado com a cidade de Nova York no mesmo período, trazendo letras obscuras e sempre atentas à raiva conceitual dos instrumentos. Com mais de 70 minutos de duração, o álbum antecipou o uso de ingredientes musicais que viriam a guiar o rock alternativo poucos anos mais tarde, abrindo caminho para uma série de lançamentos que transformariam o Sonic Youth em um dos artistas mais queridos da década de 1990.

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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.