Cozinhando Discografias: Titãs

/ Por: Cleber Facchi 26/05/2014

Por: Cleber Facchi

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A seção Cozinhando Discografias consiste basicamente em falar de todos os álbuns de um artista, ignorando a ordem cronológica dos lançamentos. E qual o critério usado então? A resposta é simples, mas o método não: a qualidade. Dentro desse parâmetro temos uma série de fatores determinantes envolvidos, que vão da recepção crítica do disco no mercado fonográfico, além, claro, dentro da própria trajetória do grupo e seus anteriores projetos. Vale ressaltar que além da equipe do Miojo Indie, outros blogs parceiros foram convidados para suas específicas opiniões sobre cada um dos trabalhos, tornando o resultado da lista muito mais democrático e pontual.

Mesmo com três décadas de carreira e apenas metade dos integrantes em atuação, a paulistana Titãs continua interessada em exaltar a sonoridade exposta desde o começo dos anos 1980. Dona de um acervo de obras clássicas – Cabeça Dinossauro (1986), Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) e Õ Blésq Blom (1989) -, além de uma variedade de registros medianos, o (hoje) quarteto tenta se reerguer com a chegada de Nheengatu, mais novo (e agressivo) disco de estúdio. Aproveitando dos comentários em torno da “nova” fase da banda, organizamos toda a discografia em estúdio da grupo paulistano. Trabalhos lançados entre 1984 e 2014, e agora classificados do pior para o melhor disco.

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As dez mais

#14. As Dez Mais
(1999, WEA)

No final da década de 1990, gravar um disco de versões ou obra acústica se transformou em uma espécie de regra dentro da cena nacional. A culpa, em partes, foi dos Titãs. Com a boa repercussão do Acústico MTV (1997) e as vendas em alta de Volume Dois (1998), a banda paulistana ditou as regras para aquilo que Ira! (Isso é Amor, 1999), Capital Inicial (Acústico MTV, 2000), Barão Vermelho (Balada MTV, 1999) e tantos outros artistas da época viriam a (re)explorar. Em As Dez Mais, de 1999, a banda volta a investir na mesma fórmula. Como o título entrega, o “álbum-tributo” adapta uma série de clássicos antigos e recentes do repertório nacional ao novo contexto da banda – cada vez mais pop desde o lançamento do álbum Domingo (1995). Estão lá versões coesas para faixas compostas por Roberto Carlos (Querem Acabar Comigo), Legião Urbana (Sete Cidades) e Inocentes (Rotina), além, claro, de adaptações irritantes de músicas assinadas por Mamonas Assassinas (Pelados Em Santos) e Ultraje à Rigor (Ciúmes). Um mero caça-níquel, como boa parte dos discos do grupo na época.

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Titãs

#13. Sacos Plásticos
(2009, Arsenal)

Sacos Plásticos é uma típica representação de tudo aquilo que os Titãs assumiram nos anos 2000. Baladas românticas/melancólicas aqui e ali (Antes de Você, Porque Eu Sei que É Amor), canções guiadas por versos “críticos” (Amor por dinheiro), além de composições que buscam emular a boa fase do coletivo (Problema). Um agregado óbvio de pequenos clichês que se completam com a presença de Rick Bonadio, responsável pela produção do álbum, mas que apenas entrega uma versão polida do que ecoa como as sobras de A Melhor Banda… (2001) e Como Estão Vocês? (2003). Ausente de uma possível linearidade, o disco mais parece uma colagem aleatória de ideias avulsas, arremessando o ouvinte em diferentes direções sem que exista um possível alinhamento estético. Colagens eletrônicas e até as guitarras “pesadas” de Andreas Kisser (Sepultura) surgem pela obra, resultando em um trabalho tão fraco e redundante, que bem poderia vir acompanhado de sacos plásticos: pronto para ser jogado no lixo.

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Volume dois

#12. Volume Dois
(1998, WEA)

Com o Acústico MTV (1997) vendendo feito água, investir em um novo registro de versões era praticamente uma obrigação para os Titãs. Não por acaso, em 1998 o grupo voltava com o misto de coletânea e obra de inéditas Volume Dois. Em um sentido de garantir nova roupagem para faixas já conhecidas como Sonífera Ilha, Não Vou me Adaptar e demais canções lançadas na década de 1980 e começo dos anos 1990, o coletivo paulistano deixa o aspecto rústico dos primeiros anos para investir em arranjos bem elaborados, íntimos da “fase pop” que guiava o grupo naquele momento. Além do cardápio de faixas já conhecidas, músicas há muito abandonadas em estúdio chegam inéditas ao público. É o caso de músicas como Senhora e Senhor e Era Uma Vez, compostas quando Arnaldo Antunes ainda fazia parte da banda. Entretanto, mesmo entre faixas antigas e recentes, o grande destaque do álbum ficou por conta da quase religiosa versão de É Preciso Saber Viver, faixa gravada em 1974 por Roberto Carlos, mas eternizada de fato pelo grupo paulistano.

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Titãs

#11. Como estão vocês?
(2003, BMG)

Com a morte de Marcelo Fromer em 2001, além da saída de Nando Reis no ano seguinte, perguntar aos Titãs “como estão vocês?” parecia ser um exercício natural. A resposta chega em um sonoro “nós estamos muito bem“, posicionamento que a faixa-título estimula durante toda a formação do 11º álbum de estúdio do grupo. Dividido entre as melodias óbvias da sonoridade pós-Domingo (1995), e a crueza pontual dos primeiros anos, o disco se revela como uma evidente obra em desequilíbrio – ainda que abastecida por bons hits. Livres para Escolher, Provas de Amor e Enquanto Houver Sol podem até sustentar o fluxo comercial do disco, mas é na urgência da faixa de abertura e na semi-punk Eu Não Sou um Bom Lugar que os Titãs aparecem de verdade, acertando pela simplicidade dos atos e estruturas instrumentais feitas para colar nos ouvidos. O exagero, como boa parte dos discos lançados nos anos 2000, define a construção do álbum, que sufoca com faixas redundantes e descartáveis na segunda metade do trabalho.

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Domingo

#10. Domingo
(1995, WEA)

Reflexo do período de “férias da banda”, além do espaço encontrado pelos integrantes para que pudessem resolver seus projetos pessoais – discos em carreira solo (Nando Reis, Paulo Miklos), grupos paralelos (Kleiderman) e até livros (Bellini e a Esfinge, de Tony Belotto) -, Domingo é uma obra inexata. Como se cada música fosse pensada de forma isolada, o disco quebra com o aspecto temático/conceitual assumido até Titanomaquia (1993), transformando a sonoridade e os versos expostos pela banda em um mero agregado de ideias. Ainda que a faixa-título resgate a boa fase do grupo, criando uma ponte com o clássico Televisão (1985), o restante do álbum custa a convencer. São adaptações dos engenhos gerados nos primeiros discos, algo que Rock Americano e Eu Não Aguento revelam de forma bastante desgastada. Com participações de Herbert Vianna, Andreas Kisser, Igor Cavalera e João Barone, Domingo é a passagem para a nova “fase” da banda, cada vez mais íntima do pop e de um posicionamento radiofônico, como o dos dois primeiros álbuns.

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Titãs

#09. A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana
(2001, Abril)

A crueza que dita a boa fase dos Titãs – entre Cabeça Dinossauro (1986) e Tudo Ao Mesmo Tempo Agora (1991) -, por vezes oculta o assertivo brilho pop de A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana. Lançado em meados de 2001, o registro é o primeiro álbum inédito da banda depois de um hiato de seis anos de acústicos, versões e pequenas adaptações da própria carreira. Ainda que os excessos ocupem a segunda metade da obra, boa parte do disco funde o lado comercial do grupo com o sarcasmo assumido desde a década de 1980. Além da pegajosa faixa-título – uma das melhores e mais cômicas traduções da indústria musical da época -, canções como Um Morto de Férias, Vamos ao trabalho e até a balada Isso reforçam o domínio melódico do (maduro) grupo. Embora o clima entusiasmado dite os rumos de grande parte do disco, o 10º álbum dos Titãs foi pontuado de forma macambúzia, resultado da morte precoce do guitarrista Marcelo Fromer, vítima de um acidente de transito logo no início da construção do trabalho.

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Titãs

#08. Titãs
(1984, WEA)

Como grande parte dos registros nacionais lançados na primeira metade dos anos 1980, a estreia dos Titãs veio como um exercício simples de assimilação e interpretação da cena estrangeira. Riffs pegajosos, letras cantaroláveis e um pé no pós-punk, enquanto o outro pulava na New Wave. Cada minuto do registro de 11 faixas tenta se acomodar em uma tendência específica, abraçando o reggae (Querem Meu Sangue), o rock inglês (Babi Índio) e instantes de doce melancolia (Toda Cor) sem que exista um posicionamento específico por parte do coletivo. Depois de abandonar o “do Iê Iê” que ocupou o título do grupo nos primeiros anos de vida, o projeto lentamente parecia abraçar um posicionamento agressivo/irônico, imposição por vezes esquecida no carisma pop de faixas como Go Back, Marvin e Sonífera Ilha, esta última, responsável por apresentar o trabalho dos paulistanos ao grande público e, por vezes, executada até três vezes durante as apresentações do coletivo – na abertura, meio e fechamento dos shows.

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Titãs

#07. Nheengatu
(2014, Som Livre)

Nheengatu é um respiro aliviado – ou seria um escarro? – dentro da decadente discografia dos Titãs. Incapaz de solucionar uma obra relevante desde Titanomaquia, em 1993, a banda fez do 13º registro em estúdio não apenas um regresso ao período de maior transformação, mas uma obra que rompe com o aspecto “morno” assumido desde o começo dos anos 2000. Com produção de Rafael Ramos e bateria firme assinada por Mario Fabre (substituto de Charles Gavin, que havia deixado o grupo em 2010), Nheengatu – que em Tupi-Guarani pode ser traduzido como “Língua Geral” – absorve decadência e versos sujos, como há muito a banda parecia incapaz de exaltar. São faixas como Pedofilia, Cadáver Sobre Cadáver e Senhor, manifestações autorais do aspecto urbano, irônico e agressivo assumido pelo grupo desde a ruptura com Cabeça Dinossauro. Uma obra que não se esquiva de erros evidentes – como a reciclagem de temas em Fardado -, mas que reforça na economia dos acordes e versos diretos um caráter honesto dentro da estética recente da banda – hoje composta por apenas metade dos membros originais.

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Titãs

#06. Televisão
(1985, WEA)

Televisão é uma típica obra de ruptura dentro da discografia dos Titãs. De um lado do trabalho estão composições marcadas pela leveza (Pra Dizer Adeus), romantismo (Sonho com Você) e toda uma comunicação excêntrica com o pop da época (Insensível). No outro lado, faixas guiadas pela tonalidade urbana do coletivo (Pavimentação), versos de apelo cotidiano (Homem Cinza) e uma crueza rara dentro dos projetos da época, aspecto que a urgente Massacre, com apenas um minuto e 40 segundos de duração, utiliza como ponte para o ainda inédito Cabeça Dinossauro (1986). Esquizofrênico, como a faixa-título revela nos sons e versos instalados na abertura do trabalho, o registro é uma natural tradução das experiências do grupo em estúdio. Produzido por Lulu Santos, o álbum se divide de forma evidente entre a necessidade em crescer como um produto pop e o esforço do grupo em exaltar suas novas preferências. Não por acaso foi recebido de forma negativa, mergulhando de vez a banda na fase ruim que serviria de estímulo para o lançamento seguinte.

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Titanomaquia

#05. Titanomaquia
(1993, WEA)

Da produção esculpida por Jack Endino (Nirvana, Mudhoney), aos arranjos distorcidos, Titanomaquia é uma tentativa dos Titãs em abraçar o rock que guiava a cena norte-americana na época – principalmente o Grunge. Seguindo a tonalidade crua exposta em Tudo Ao Mesmo Tempo Agora, de 1991, o álbum desequilibra acordes, se abastece de gritos e sufoca o ouvinte com faixas tão poluídas, quanto agressivas. Inaugurado pelo imediatismo de Será que É Isso o Que Eu Necessito?, o álbum foge de ambientações comerciais para soar como uma brincadeira particular da banda, aspecto que (quase) exclui Nando Reis – na época íntimo da MPB e limitado ao esforço da faixa Hereditário. Ainda que se abasteça de uma série de referências estrangeiras, o álbum em nenhum momento rompe com a identidade dos paulistanos, que transformam faixas como Estados Alterados da Mente e Taxidermia em assertivas extensões da sonoridade gerada em Cabeça Dinossauro. Um projeto estranho, agressivo e, por conta disso, repleto de acertos.

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Titãs

#04. Tudo ao Mesmo Tempo Agora
(1991, WEA)

Cru“, “sujo” e “escatológico“. Estes são alguns dos termos utilizados para classificar a sonoridade dos Titãs no (ainda hoje) subestimado Tudo ao Mesmo Tempo Agora. Último registro em estúdio sob a “formação clássica”, o álbum funciona como uma extensão da sonoridade assumida em Cabeça Dinossauro (1986), ao mesmo tempo em que cresce como uma confessa ruptura dentro da carreira da banda. Longe da produção elaborada e o cuidado em estúdio de Õ Blésq Blom (1989), o sexto álbum do coletivo paulistano usa da economia dos arranjos como um estímulo. Com produção, versos e créditos assumidos pela própria banda, o disco é um passo além do punk/pós-punk que parecia guiar o grupo, encontrando nos ruídos da década de 1970 uma comunicação particular com o presente. Ignorado pelo grande público e duramente criticado pela imprensa especializada, o álbum usa do teor gratuito como uma ferramenta de distanciamento intencional. Uma espécie de piada suja e que cresce no niilismo dos versos e arranjos de Isso para Mim É Perfume, Clitóris, O Fácil é o Certo e demais canções tratadas com efemeridade pela obra.

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Titãs

#03. Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas
(1987, WEA)

Meses após o lançamento de Cabeça Dinossauro (1986), Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas serviu para reforçar a maturidade e o caráter inventivo em torno da curta obra dos Titãs. Ambientado na mesmo cenário obscuro e fazendo uso dos mesmos temas do terceiro registro em estúdio, o álbum lançado em novembro de 1987 trouxe nos arranjos funkeados um princípio criativo de mudança dentro da estética do grupo. Sim, o coletivo paulistano ainda discutia problemas sociais (Comida), abraçava o caos urbano (Desordem) e abusava da liberdade pós-ditadura militar (Nome aos bois), mas, acima de tudo, parecia pronta para ser consumida pelo público – o que de fato aconteceu. Distante do punk seco assumido há poucos meses e abusando do cuidado em estúdio – explícito nas batidas eletrônicas e uso de sintetizadores -, o álbum coleciona uma sequência de temas ruidosos, sempre movidos por versos sujos e matemáticos, como a construção de um ambiente criativo desbravado em essência pelo coletivo. Uma obra de desconstrução e ao mesmo tempo expansão do universo autoral do grupo.

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Titãs

#02. Õ Blésq Blom
(1989, WEA)

Guiado por um conceito experimental e a colagem inexata de ritmos – expressa na capa “artesanal” do trabalho -, Õ Blésq Blom talvez seja a obra mais complexa e aventureira já lançada pelos Titãs. Com produção invejável de Liminha, inclusão de arranjos eletrônicos e o uso apurado de sintetizadores, o quinto álbum do coletivo tinha tudo para ser uma obra ignorada pelo público, efeito de sua estrutura “não convencional”, mas que, curiosamente, acabou se comportando de forma contrária. A tonalidade melódica de músicas como Flores, Miséria e Palavras serve como um respiro para o lado mais “excêntrico” do disco, posto assumido por O Camelo e o Dromedário, O Pulso, além das vinhetas da dupla Mauro e Quitéria – casal de repentes pernambucanos convidados para a abertura e fechamento do álbum. Livre da crueza lançada nos trabalhos de 1986 e 1987, mas nem por isso encarado como um disco “pacato”, Õ Blésq Blom assume um completo distanciamento da cena musical da época, equilibrando rock, pop e até traços de MPB em um ambiente tão atrativo, quanto provocador.

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Cabeça Dinossauro

#01. Cabeça Dinossauro
(1986, WEA)

A agressividade exposta em Massacre, faixa de encerramento do álbum Televisão (1985), não veio apenas como uma prova da diversidade estética dos Titãs, mas como uma ponte para o que seria resolvido em Cabeça Dinossauro. Terceiro registro em estúdio do grupo, o disco cresce como uma extinção dos elementos da New Wave e descoberta tardia do Punk Rock por parte da banda. Trilha sonora para a selva de pedra que serve como habitat para o coletivo, o álbum funde arranjos sujos, vocais berrados e ritmos típicos de rituais indígenas – vide os tambores tribais encaixados na faixa-título -, sem que haja um limite provável. A ruptura estética, entretanto, de forma alguma rompe com o fluxo “pop” da obra, que mesmo radiofônica ataca religião (Igreja), capitalismo (Homem Primata) e Polícia com uma desenvoltura rara.

Verdadeiro catálogo de Hits – das 13 faixas do disco, 11 foram executadas nas rádios -, o álbum foi a passagem da banda para o grande público, dividindo espaço com outros gigantes da época e trabalhos de peso similar – como Legião Urbana (Dois), Os Paralamas do Sucesso (Selvagem?) e Ira! (Vivendo e Não Aprendendo). Cabeça Dinossauro está longe de revelar o mesmo planejamento estético de Jesus não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) ou o atento cuidado em estúdio de Õ Blésq Blom (1989), trata-se apenas de uma obra urgente, como um grito seco em um cenário ocupado por ruídos. É justamente esta proposta que abastece com acerto toda a extensão do álbum, um registro que segue intenso dos versos “econômicos” de AAUU ao uso de bateria eletrônica na (quase) dançante O que, música que encerra o disco e serve de argumento para o trabalho seguinte.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.