Image
Crítica

Maglore

: "III"

Ano: 2015

Selo: Deck Disc

Gênero: Rock, Pop Rock

Para quem gosta de: O Terno e Vivendo do Ócio

Ouça: Dança Diferente e Invejosa

8.8
8.8

Maglore: “III”

Ano: 2015

Selo: Deck Disc

Gênero: Rock, Pop Rock

Para quem gosta de: O Terno e Vivendo do Ócio

Ouça: Dança Diferente e Invejosa

/ Por: Cleber Facchi 16/03/2020

Desde o início da carreira, com o lançamento de Veroz (2011) e Vamos Pra Rua (2013), que os integrantes da Maglore tem investido na composição de um repertório cada vez mais acessível, pop e radiante. Nada que se compare ao material entregue no maduro III (2015). Terceiro álbum de estúdio do grupo formado por Teago Oliveira (voz e guitarra), Rodrigo Damati (baixo e voz) e Felipe Dieder (bateria), o trabalho sustenta no uso de melodias ensolaradas e fórmulas radiofônicas o estímulo para um dos registros mais interessantes do rock brasileiro na última década. Canções que vão da doce nostalgia da Jovem Guarda e Caetano Veloso, ao diálogo com estrangeiros como The Beatles e Tame Impala. Um evidente olhar para o passado, mas que em nenhum momento deixa de mirar o futuro.

Vem justamente desse precioso cruzamento de referências o estímulo para algumas das principais faixas do disco. Canções como as cantaroláveis Dança Diferente (“A gente vai seguindo em frente / A gente ri de si pra não chorar / Como uma dança diferente / Enlouquecendo para se curar“), Café Com Pão (“Talvez a verdade esteja ali / Nos beijos em aeroportos / Rezas de hospitais e coisa e tal” ) e Invejosa (“Hoje eu me sinto bem mais forte / Minha dor já virou sorte / Vou buscando proteção / Pra dar de pau em moleque“), em que a voz de Oliveira cresce desimpedida, forte, como um convite a se perder em um universo de cores, memórias e sensações próprias da banda. Dois anos mais tarde, o grupo ainda lançaria o excelente Todas As Bandeiras (2017), casa de músicas como Aquela Força e Hoje Eu Vou Sair, e uma sequência natural ao fino repertório entregue em III.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.