Image

Ano: 2020

Selo: Sony Music

Gênero: MPB, Indie Pop, Folk

Para quem gosta de: Marcelo Camelo, Rubel e Tiê

Ouça: Sambinha Bom, Velha e Louca e Cais

8.6
8.6

Mallu Magalhães: “Pitanga”

Ano: 2020

Selo: Sony Music

Gênero: MPB, Indie Pop, Folk

Para quem gosta de: Marcelo Camelo, Rubel e Tiê

Ouça: Sambinha Bom, Velha e Louca e Cais

/ Por: Cleber Facchi 03/03/2020

Desde a estreia, com o autointitulado registro de 2008, que o fascínio de Mallu Magalhães pela música brasileira vinha distanciando a artista do folk empoeirado que marca os primeiros registros autorais. São faixas como O Preço da Flor, Compromisso e Te Acho Tão Bonito que serviram para aproximar a multi-instrumentista de um mundo de novas possibilidades. Nada que se compare ao material entregue no maduro Pitanga (2011). Do momento em que tem início, no rock ensolarado de Velha e Louca, passando pelo doce romantismo de Sambinha Bom, canção que evoca Nara Leão, cada elemento do registro produzido em parceria com o marido, o cantor e compositor Marcelo Camelo, reflete o interesse da artista em ampliar o próprio território criativo, proposta que orienta a experiência do ouvinte até a música de encerramento do trabalho, a atmosférica Cais.

Interessante perceber que mesmo nesse universo marcado por novas possibilidades, versos sorridentes e pequenos acertos, sobrevive nos instantes de maior reducionismo da obra a real beleza de Pitanga. São faixas como a bilíngue In The Morning (“Só pra constar nos registros por aí / Que todo o meu amor é teu / Só pra contar pra quem quiser ouvir / Que eu encontrei alguém“) ou mesmo a dolorosa Por que você faz assim comigo? (“Talvez eu deva ser forte / Pedir ao mar / Por mais sorte / E aprender a navegar“), em que afloram os sentimentos e a poesia confessional da artista paulistana. Canções em que a cantora se permite resgatar a atmosfera acústica dos antigos trabalhos, porém, de forma sempre detalhista, abrindo pequenas brechas para a chegada de colaboradores como Kassin, Maurício Takara e Victor Rice.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.