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Crítica

Pélico

: "Que Isso Fique Entre Nós"

Ano: 2011

Selo: YB Music

Gênero: Rock, Pop Rock, MPB

Para quem gosta de: Bárbara Eugênia e Cidadão Instigado

Ouça: Não Éramos Tão Assim e Levarei

9.0
9.0

Pélico: “Que Isso Fique Entre Nós”

Ano: 2011

Selo: YB Music

Gênero: Rock, Pop Rock, MPB

Para quem gosta de: Bárbara Eugênia e Cidadão Instigado

Ouça: Não Éramos Tão Assim e Levarei

/ Por: Cleber Facchi 25/03/2020

Pélico é um romântico! Passado o lançamento do primeiro álbum em carreira solo, o confessional O Último Dia de um Homem sem Juízo (2008), o cantor e compositor paulistano fez do segundo trabalho de estúdio, Que Isso Fique Entre Nós (2011), a passagem para um dos registros mais sensíveis da música brasileira em sua fase mais recente. De essência brega, como um diálogo nostálgico com a obra de veteranos como Odair José e Roberto Carlos, o disco produzido em colaboração com Jesus Sanchez, parceiro do músico durante toda a execução da obra, encontra em conflitos vividos pelo próprio artista o estímulo para parte expressiva das faixas. Canções que vão do inevitável distanciamento de um casal à busca declarada por um novo amor.

Não éramos tão cintilantes assim / Não éramos tão volúveis assim / Não éramos tão o tempo todo assim / Não éramos tão fiéis assim“, relembra enquanto prepara o terreno para a triste despedida em Não Éramos Tão Assim: “Mas se você não me quer mais / Eu vou em paz“, pontua. São romances fracassados (Vamo Tentá), desilusões amorosas (Não Vou Te Deixar, Por Enquanto) e instantes de doce melancolia (Minha Dor). Frações poéticas tratadas de forma sempre intimista, crua, proposta que se reflete tão logo o álbum tem início, na introdutória Ainda Não É Tempo de Chorar, mas que segue em meio a delírios românticos que viriam a orientar toda a sequência de obras produzidas pelo músico paulistano até o encerramento da década.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.