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Crítica

Silva

: "Claridão"

Ano: 2012

Selo: Slap

Gênero: Indie Pop, Synthpop, MPB

Para quem gosta de: Mahmundi e Marcelo Jeneci

Ouça: Imergir, 2012 e Ventania

9.0
9.0

Silva: “Claridão”

Ano: 2012

Selo: Slap

Gênero: Indie Pop, Synthpop, MPB

Para quem gosta de: Mahmundi e Marcelo Jeneci

Ouça: Imergir, 2012 e Ventania

/ Por: Cleber Facchi 20/02/2020

Silva não poderia ter pensado em um título melhor para o primeiro álbum de estúdio do que Claridão (2012). De essência radiante, como tudo aquilo que o cantor e compositor capixaba havia testado um ano antes, em faixas como 12 de Maio e A Visita, o trabalho marcado pela leveza dos arranjos encontra na criativa colagem de ritmos, melodias e referências vindas de diferentes campos da música a base para um dos registros mais sensíveis da produção brasileira em sua fase mais recente. Canções que atravessam o território conceitual de estrangeiros como Youth Lagoon e Arcade Fire para mergulhar no pop nostálgico de Guilherme Arantes e Lulu Santos. Estímulo para a entrega de faixas como Falando Sério e a colorida Moletom, composição que encanta pelo refinamento dos sintetizadores e profunda honestidade dos versos.

A principal diferença em relação ao material entregue no primeiro EP de inéditas do capixaba está no uso destacado de referências eletrônicas. Canções como Ventania, Mais Cedo e a própria faixa-título do disco que não apenas pareciam dialogar com a obra de contemporâneos como James Blake e Jamie XX, como serviram para dar novo acabamento à música brasileira, conceito também reforçado no trabalho seguinte do artista, Vista Pro Mar (2014). Verdadeira coleção de pequenos acertos, vide o novo tratamento dado às conhecidas 2012 e Imergir, Claridão segue como uma obra irretocável. Instantes de profunda entrega sentimental e leveza, indicativo de tudo aquilo que Silva viria a produzir pelos próximos anos, mesmo que de forma não tão detalhista.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.