The Strokes
Indie Rock/Alternative/Rock
http://www.myspace.com/thestrokes
Por: Cleber Facchi
Antes de discutir sobre a qualidade (ou a ausência dela) no novo disco do The Strokes outro fator bem interessante veio à cabeça. No dia dois de fevereiro de 2011, há pouco mais de um mês Jack e Meg White vieram a público para dar a triste notícia sobre o fim do The White Stripes. Entre as várias alegações expressas pela dupla estava a de evitar que toda a discografia do duo fosse desmoralizada a partir do lançamento de um trabalho ruim, destruindo um projeto com mais de dez anos de história e uma série de registros fundamentais para a história do rock dos anos 2000. Embora a tristeza sobre o término de uma banda tão amada impedisse de ver: Jack e Meg estavam certos.
Por mais que fosse difícil de aceitar, haveria um dia em que o casal nos presentearia com um trabalho nem tão envolvente como seus clássicos White Blood Cells (2001), Elephant (2003) ou Icky Thump (2007), transformando todo o orgulho, que sempre pairou sobre o duo, em tristeza. Quase cinco anos e muitas dúvidas separariam o The Strokes de First Impressions of Earth (2006) para seu recente Angles (2011), e nessa quase meia década, entre idas e vindas, além de um quase fim da banda, após ouvir esse recente álbum fica uma constatação: Jack e Meg continuam certos.
Angles, suas dez faixas e toda a agonia antes desse lançamento transformam-se infelizmente em um lamento. Não, dessa vez não há a mesma expectativa que assolou a estreia do The Vaccines. Desde anunciado, boa parte das pessoas (inclusive este que vos escreve) mantinham os dois pés atrás em relação a um novo álbum da banda de Julian Casablancas, Nick Valensi, Albert Hammond, Jr., Nikolai Fraiture e Fabrizio Moretti, embora lá no fundo, escondido atrás de ressentimentos (muito por conta do ultimo disco) havia sim um pingo de esperança. Sentimento este que se extingue após uma primeira audição do quarto disco dos nova-iorquinos.
É complicado aceitar cada acorde apresentado dentro desse novo trabalho. Muitos filhos da década de 1990 (além de um bom número do final dos anos 80) tiveram com Is This It (2001) uma ponte para chegar até muitos dos sons da década passada e principalmente dessa década.Os Strokes foram (e ainda são) aquela banda clichê que todo mundo cita no início de um bate papo puxado pela pergunta “Quais são suas bandas favoritas?”. Pode até ser revoltoso para alguns, mas eles são o Nirvana dos anos 2000, que mesmo livre dos mesmos conceitos, ideologias ou das simples questões técnico-instrumentais servem para dizer “esse é o rock que eu ouço”.
Por conta de todos estes fatores e muitos outros, que envolvem desde noites perdidas e discussões de bar sobre “qual é o melhor disco da banda” ou o quanto eles influenciaram o trabalho de outros artistas, mas o fato é que os 34:09 minutos de Angles são excruciantes.
[youtube:http://www.youtube.com/watch?v=_l09H-3zzgA?rol=0]
Se o álbum é uma verdadeira relação de amor e ódio, sendo o amor definido pela beleza de faixas como Under Cover Of Darkness e You’re So Right, e o ódio por todo o resto, o resultado final é mais do que previsível.
Não há problema algum na intenção do quinteto em se aventurar pelo mundo mágico dos anos 80, elemento que se evidencia da capa às faixas. O problema está em fazer isso sem ter a mínima noção do que está sendo feito. Talvez pela contribuição mútua dos integrantes dentro desse trabalho (antes as composições eram quase exclusivas de Casablancas) e pela pluralidade de influências externas, fica visível o quanto Angles atira para todas as direções sem exatamente atingir um objetivo que seja. Seria de se imaginar, que com mais de dez anos de carreira a sapiência do grupo em proporcionar um trabalho sólido aos seus ouvintes seria algo obvio e esperado. Entretanto, não é isso que acontece.
Quando lançaram seu primeiro álbum em 30 de julho de 2001 a banda era muito mais lembrada por sua posição descontraída e pela atitude largada de seus integrantes, o próprio Casablancas conheceu Hammond Jr enquanto ambos frequentavam um colégio interno por conta do uso abusivo de álcool. Além dessa atitude “descolada”, “cool” e “roqueira” existia um elemento fundamental na composição do grupo: a boa música. Você pode até ser um “cara das antigas”, que só gosta das velharias do rock, mas é muito difícil não se motivar pela levada marcante de faixas como Barely Legal, Last Night ou cantar emocionado ao som de Hard To Explain. Quem nunca brincou de fazer air guitar ao som de Reptilia? O problema/solução é que as pessoas crescem e para a maioria dos integrantes do Strokes crescer significou ser chato.
Você pode até ter se apaixonado pelos trabalhos solo de Albert Hammond Jr, com toda sua delicadeza e beleza nas composições, pode muito bem ter cantado com o Little Joy e sentido toda a energia festiva do primeiro álbum da banda, quem sabe ainda (duvidoso isso) pode ter gostado do Nickel Eye, mas uma coisa é impossível negar: nada se comparava aos primeiros discos da banda, quando o som era cru, enérgico e a banda era una.
Dessa forma, Angles e suas pequenas vergonhas, como Games, Life Is Simple In The Moonlight e Gratisfaction parecem mais um projeto paralelo com todos os membros da banda, mas sem que de fato ele seja um disco do The Strokes. Não importa o ângulo que você observe esse disco, assim como a capa do álbum nada parece coerente, tudo é confuso, errado e desnecessário. O que seria resolvido com um simples lançamento de um single precisou de um registro inteiro de canções repletas de erros e sons maçantes. Assim como o Kings of Leon e Interpol, o quinteto nova-iorquino precisa acabar, antes que destruam ainda mais sua relevante história.
Angles (2011)
Nota: 6.0
Para quem gosta de: Little Joy, The Libertines e Anos 80
Ouça: Under Cover Darkness
Cara que resenha ridícula,voce ta achando que é quem,um Zane Lowe da vida.Uma banda boa de vedade testa sonoridades e não fica na mesmice,igual The Kooks e KOL.Em uma entrevista Nick Valensi disse que esse album fio um “aquecimento” pra outros.e sinceramente “Os Strokes tem que acabar”.que resenha forçada .
O Lenin já disse tudo Cleber Facchi o “sabe tudo” do rock… uma banda não pode ficar tocando a mesma coisa durante anos. Os The Strokes sentiram a necessidade de mudar o som da banda… isso é algo totalmente natural
Nossa ridículo tudo o q vc escreveu!!! tudo bem cada um tem sua opinião masssss insinuar q é melhor uma banda acabar do q fazer um disco q vc axa q ficou ruim!! isso é demais não é não!! vc realmente conhece os strokes ou só jogou no google e leu alguns trechos e depois mal ouviu o novo cd e escreveu essa merda??! como já dizia o proprio Julian “Don’t think that everythingis gonna stay the same
That’s impossible” !! **Killing lies**
Cara, este álbum tem uma tremenda influência dos 80’s que só quem curte reconhece. E eu como um bom oitentista, adorei esse álbum dos caras.
Eu sou oitenista e amei o album, você Cleber Facchi é uma farsa e deve acabar!
O que tem que acabar é sua resenha. Dizer que Life is simples in the moonlight é ridicula foi muito forçado. Angles não é um Is this is da vida mas ficou bom e só quem realmente curte a banda gostou. Vc é só mais um que acha que agora é cool falar mal de Angles. Essa é SUA opinião, não significa que ela seja verdadeira.
Ouça o álbum direito e depois vc fala sua merda.
Gente, em que mundo vocês vivem? É um dos piores discos dos últimos anos. Pretensioso, monótono e incoerente. A nota seis que o autor deu, pra mim é muito. Strokes foi a banda que me fez gostar de rock, continuo admirando o trabalho deles, mas isso não quer dizer que eu precise gostar de qualquer droga que os cara entregam! Quem precisa ouvir melhor o disco são vocês.
Flá.
Você percebe que justamente quem defende o novo disco do The Strokes são crianças só pela forma de escrever. Quando ouvi Is This It pela primeira vez eu achava que já havia ouvido tudo, e cinco rapazes beberrões me mostraram que não. Qualquer um que venha defender o novo disco dos caras está falando um monte de asneiras. Tudo bem que o disco tem algumas faixas ótimas (discordo que Gratisfaction seja uma música ruim), mas duas ou três faixas não são o suficiente para salvar um disco. Assim como aconteceu com o Interpol no último disco os caras resolveram lançar qualquer coisa que lhes viesse a cabeça, o mesmo acontece com Angles. Os caras falaram o tempo todo antes do disco sair que seria uma ode aos anos 80, mas que ode de merda é essa em que tudo soa artificial? Angles é antes de qualquer coisa um disoc que me deixa triste, por acreditar piamente no som dos caras e ser presenteado com isso: um lixo.
Não acho Angles um lixo. Existem boas músicas, letras cativantes, boas referências. É verdade também que esses momentos dividem espaço com canções bem fracas, como you’re so right e call me back, mas não havia de se esperar tanta coisa de uma banda que estava em frangalhos até pouco tempo. Eu tinha 17 anos quando comecei a ouvir o Strokes, pouco antes do lançamento do Is This It, e os 3 cds da banda me acompanharam em diversos momentos nos últimos 10 anos. Quando você vai ficando velho, percebe que não vale a pena criar tanta expectativa sobre as coisas na vida, e tenho tratado a música assim. Claro que fiquei ansioso ao saber que o novo cd dos caras estava saindo, até por que achei legal o trabalho solo do Julian Casablancas. Após uma semana de audição, vejo coisas interessantes no disco, algumas muito boas, outras nem tanto, nem por isso fico revoltado pelo fato do Angles não me proporcionar a sensação que tive ao ouvir pela primeira vez o Is This It. Continuarei escutando o disco com todo prazer e gostarei ainda mais dele com o tempo, sem me preocupar em colocar em cada uma das músicas o fardo por não resolver todos os problemas de minha vida.
Ai, ai, ai hoje é 1 de janeiro de 2012 e Angles foi eleito o segundo melhor álbum pela revista NME. Strokes é uma banda amada e respeitada no mundo indie e no mundo inteiro. Casablancas compõe todas as músicas da banda, e os demais integrantes são de uma responsabilidade musical invejável. Portanto morda a sua língua e morra com o seu veneno !
Seja cool, critique Angles…
“Machu Picchu” foi meio WTF mas curti;
“Life Is Simple In The Moonlight” até que é envolvente;
“Gratisfaction” também;
“Taken For A Fool” é boa, a segunda melhor do álbum;
“Under Cover Of Darkness” é a melhor do Angles.
O resto é muito mais ou menos, me decepcionei com “Games”.
Resumindo: Decepcionante, porém, “Under Cover Of Darkness” salvou o álbum, uma das melhores da banda, com certeza.
E a banda não pode ser um eterno Is This It.
Vou admitir: Tenho 17 anos, não acompanhei a carreira do Strokes e na verdade conheci a banda no começo desse ano (2012).
Incrivelmente já se tornou uma das minhas bandas prediletas, a sonoridade das músicas soa como algo que nunca ouvi antes. “Someday” ,por exemplo, parece me transportar para os anos 70 toda vez que a escuto, (mesmo sem sequer existir nessa época) na verdade todo o Is This It faz isso.
Quanto ao Angles, album bem razoável na minha opinião. Mistura de boas faixas, “Taken For a Fool”, “Under Cover Of Darkness” e faixas horríveis como “You’re So Right” e “Call Me Back”.
No geral acaba soando como um projeto paralelo da banda ou algo do tipo com uma ou duas musiquinhas do verdadeiro Strokes no meio.
Eu achei o album Angles muito bom sim, mas claro todo album tem sua exceção ( musicas não tão boas ) mas tem músicas ótimas como Under Cover Of Darkness, Taken For a Fool então, senhor Cleber Facchi você está equivocado.
Eu tenho banda, tô no segundo album que é completamente diferente do primeiro. Os Strokes não podem ser um Is This It a vida inteira, precisa mudar, ( sem sair do seu estilo), por isso que eu gostei do Angles, pois mostra um espécie de renovação da banda, que se separou e voltou logo em seguida.
Calma lá que eu vou ouvir Angles de novo, embora possa dizer de antemão que, apesar de acompanhar um Strokes desde First Impressions Of Earth e não ser uma oitentista/noventista por simplesmente não ter nascido, vivido e consumido essas décadas, eles pareceram musicalmente distantes daquela época, mas isso não foi tão negativo, ainda dá pra reconhecer a banda em Angles.
Mas calma lá.
Fora que existe um relação de amor e ódio da própria banda para alguns simpatizantes ou mesmo ouvintes assíduos, então calma lá.
o disco é realmente diferente, naturalmente qualquer banda tem uma fase assim. eles são bons e nada a ver ficar julgando os caras, querem musica do seu jeito, vão fazer. eu não tenho album preferido, sou fã da banda e vou ouvir sempre. só quem ouve desde o começo sabe o que eu to falando
Cara, você falou muita besteira, mas é sua opinião. Eu não concordo, o som de angles é bem anos 80 e a banda tem que inovar mesmo. Chato seria continuar no mesmo som de 2001, isso sim cansaria os fãs. Eu gostei muito das faixas de angles.
Na minha opinião digo que Strokes deve continuar e o seu blog tem que ACABAR.
Antes que faça raiva a mais alguém…
Não concordei com o que você falou a respeito do álbum, existem músicas muito boas, aliás, gosto de Life is Simple in The Moonlight, Games(pois é,critiquem por isso, mas curti, sim), Machu Picchu é boa, Taken for a Fool, Under Cover of Darkness… Enfim, o álbum foi bom na minha opinião, e cada um é cada um, tem quem goste e quem não goste. Se querem saber, o álbum pra mim não foi essa abominação toda que vocês insistem em aumentar. Foi igual aos outros? Não. Ainda bem, porque se eu quisesse ouvir Is This It e First Impressions pro resto da vida, apertava o repeat, não esperava a banda lançar músicas que, ao menos, se arriscam. É uma fase transitiva pra eles, e prefiro mil vezes continuar a ouvir o The Strokes lançar novas músicas a ser obrigada a não ouvir nunca mais porque acabou. Desculpa, mundo u.u
6 é uma nota muito alta pra esse disco. infelizmente tenho que concordar que strokes já deveria ter acabado, e morrido com uma linda história no rock. mas eles tão cagando tudo.
Life Is Simple In The Moonlight é uma das minhas faixas favoritas! você não sabe o que disse sobre o album, aposto que não tem preparo nenhum para fazer criticas como esta
Isso foi tipo um chute no estomago! hahahaha
Concordo com algumas coisas escritas, mas discordo de algumas também. Como por exemplo, NÃO, a banda não deve acabar, porque nada que eles fizerem daqui pra frente vai apagar o trabalho “icônico” do início da década passada.
E olha, me chamem de cega (ou surda), mas depois de ouvir algumas vezes o álbum, eu gostei dele. E gostei bastante, apesar de achar uma bagunça.
Eu não gosto de You’re So Right, mas amo Life Is Simple In The Moonlight… gosto é gosto né? 🙂