Disco: “Black Wave EP”, Drums Of Death

/ Por: Cleber Facchi 20/07/2011

Drums Of Death
British/Electronic/Experimental
http://www.drumsofdeath.com/

Por: Fernanda Blammer

Depois do excelente resultado alcançado com seu primeiro trabalho de estúdio, Generation Hexed de 2010, Colin Bailey, o homem nos comandos do Drums Of Death tinha direito a um mais d que merecido descanso, afinal, por ora suas obrigações para com a música eletrônica estavam mais do que cumpridas. Sem ao menos deixar seu último álbum esfriar, o produtor britânico volta com mais uma agradável surpresa (e que surpresa), um EP de quatro músicas simplesmente impecáveis, um pequeno, porém mais do que eficiente jogo de composições.

Embora o visual obscuro indique que o produtor é responsável por algum tipo de som próximo do que Fever Ray ou Planningtorock desenvolvem em seus discos, na prática a sonoridade exaltada por Bailey é completamente outra. Trazendo um toque de experimentação aos sons da House Music ou o que poderia haver de mais convencional dentro da música eletrônica, o britânico faz de suas composições faixas sempre poderosas, músicas de pura grandeza e que parecem mobilizar o ouvinte o tempo todo à dança. Em Black Waves EP (2011, Civil Music) isso não é diferente, com Bailey voltando ainda mais inspirado do que em seu último grande registro.

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Mesmo composto de quatro faixas monumentais, apenas a música de abertura, Cold Lazarus já valeria pelo disco inteiro. Com uma ambientação sempre crescente, o britânico vai lentamente hipnotizando o ouvinte com seus loopings e batidas densas, criando uma das melhores faixas do gênero já lançadas em 2011. Quando a primeira faixa se encerra você imagina que o disco entrará em declínio, afinal, não há como não se surpreender com a composição, entretanto, com a chegada de I Can’t Take It o EP mantém seu fluxo, lançando mais uma excelente produção.

Relativamente mais fracas que suas predecessoras, Lost Highway e Love’s Labour’s Lost, mesmo “menores” mantém o alto nível das produções do Drums Of Death, embarcando o ouvinte em uma sonoridade mais ambiental sem deixar de lado seu toque dançante. Em ambas as composições o britânico investe forte no uso de sintetizadores, lembrando muito o resultado alcançado em seu primeiro LP. Sem dúvidas o disco certo para quem busca por qualidade musical e faixas prontas para as pistas.

Black Wave EP (2011, Civil Music)

Nota: 7.9
Para quem gosta de: Shit Robot, The 2 Bears e Hot City
Ouça: Cold Lazarus

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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.