Disco: “Eliza Doolittle”, Eliza Doolittle

/ Por: Cleber Facchi 14/12/2010

Eliza Doolittle
British/Indie/Pop
http://www.myspace.com/elizadoolittle

Todos os anos a indústria musical britânica nos presenteia (ou não) com alguma nova cantora para preencher as constantes lacunas da música comercial. Em geral é uma garota até então desconhecida e que vem embalada pela musicalidade pop, mas que sempre agrega algum novo elemento para soar diferente. Contudo, nos últimos anos a safra dessas novas intérpretes da música pop vem apresentando artistas de certa forma relevantes. Foi assim com Lily Allen, Amy Winehouse, Corine Bailey Ray e a mais recente integrante deste grupo: Eliza Doolittle.

Com apenas 22 anos (como se idade fosse algo relevante hoje em dia) a jovem britânica segue a mesma linha soul pop explorada por Winehouse além de alguns elementos de reggae característicos de Alright Still (2006) de Allen, porém sem o mesmo virtuosismo e intensidade. Seu primeiro álbum é um perfeito concentrado de canções pop muito bem produzidas que pouco inovam, mas primam por sua qualidade. Já na primeira audição você irá viciar em faixas como Rollerblades, Skinny Genes e Pack Up (melhor canção do disco e repleta de elementos da soul music).

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A força de Doolittle está em justamente saber escolher seus produtores (são oito no total), entre eles Greg Kurstin. O multi-instrumentista já trabalhou com nomes que vão do meio alternativo como Tha Flaming Lips, Rilo Kiley e Lady Hawke à ícones da música pop tal Britney Spears e Kelly Clarkson (Ugh!). Ao mesmo tempo em que a variedade de produtores é o ponto forte do álbum, essa pluralidade de pessoas que vem para indicar um caminho a Doolittle talvez seja um dos problemas do disco. A garota transita demais entre múltiplos estilos, isso acaba por tornar o disco em diversos momentos confuso.

Um dos acertos da britânica está em gerar um disco que escape dos superficialismos sendo aproveitado da primeira à última faixa. O primeiro trabalho de Eliza Doolittle consegue agradar aos mais diversos públicos. É pop (Rollerblades), Soul (Pack Up), Indie (Empty Hand) e Folk (Police Car). Acima de tudo, o álbum demonstra uma artista forte e que sabe como vencer os difíceis clichês e repetições da música pop comercial.

Eliza Doolittle (2010)

  1. Moneybox
  2. Rollerblades
  3. Go Home
  4. Skinny Genes
  5. Mr Medicine
  6. Missing
  7. Back To Front
  8. A Smokey Room
  9. So High
  10. Nobody
  11. Pack Up
  12. Police Car
  13. Empty Hand

Nota: 7.9
Para quem gosta de: Lily Allen, I Blame Coco e Marina & The Diamonds
Ouça: Pack Up

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.