The Decemberists
Indie Pop/Folk/Alternative
http://decemberists.com/

Por: Fernanda Blammer

Após o belo desempenho do The Decemberists em seu último álbum, The King Is Dead, lançado em janeiro deste ano, não seria nem um pouco justo que a banda esperasse mais alguns anos até presentear seu público com um novo registro em estúdio, tanto que eles voltam agora com mais uma fundamental obra para sua vasta carreira. Denominado Long Live the King EP (2011, Capitol), o recente álbum concentra em apenas seis faixas toda a destreza do grupo norte-americano, promovendo mais uma sequência de composições melódicas, tais quais as encontradas no último álbum do quinteto de Portland.

Situado no mesmo campo instrumental do último álbum, o recente disco mantém no uso de faixas sempre grandiosas e crescentes o elemento fundamental para sua boa reprodução. Contudo, diferente da última grande obra da banda, o certeiro EP se afasta de qualquer possível entoação excessivamente melancólica, algo que o álbum apresentado em janeiro utilizava como forte elemento de base. O resultado dessa busca está no uso de uma sonoridade mais suave e dinâmica, capaz de agradar todos os grupos de ouvintes.

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Assim como The King Is Dead apresentou uma sequência de bem produzidas composições, faixas como Down By the Water e This Is Why We Fight, que acabaram se transformando em novos clássicos da carreira do grupo, com Long Live the King isso não é diferente. Da exposição folk da simplista E. Watson, passando pela grandiosidade melódica e quase country de Foregone, tudo no interior do EP se movimenta de forma bem elaborada, com a banda ocupando de forma hábil todos os espaços do registro.

Embora passe longe de manifestar um tipo de consistência instrumental e poética semelhante a proposta pelo grupo em seus registros full length, o pequeno álbum traduz com perfeição a boa fase que toma conta da carreira do Decemberists. Basta uma única audição da faixa Burying Davy – que evoca uma sonoridade muito próxima dos anteriores trabalhos do grupo – para perceber que mesmo em um curto espaço de tempo a banda consegue promover um registro tomado por uma instrumentação primorosa e sempre capaz de surpreender.

Long Live the King EP (2011, Capitol)

Nota: 7.3
Para quem gosta de: Iron & Wine, Death Cab For Cutie e Okkervil River
Ouça: Burying Davy