Dorgas: “Grangongon”

/ Por: Cleber Facchi 20/06/2011

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Das tendências ao shoegaze no melhor estilo My Bloody Valentine encontradas no EP Verdeja Music de 2010, passando pela excentricidade jazzística do single Loxhanxha, em cada novo lançamento os cariocas do Dorgas mergulham fundo na produção de um dos trabalhos mais esquizofrênicos e criativos da música brasileira apresentado nos últimos tempos. Para Grangongon, mais recente single do quarteto do Rio de Janeiro, o experimentalismo, a música ambiente e ecos de post-rock se agrupam em uma frequência poucas vezes vista em solo tupiniquin, com o grupo de garotos mais uma vez sugando o ouvinte para dentro do universo paralelo que é explorado em suas composições.

Com produção dividida entre Pepê Monnerat e Pedro Garcia, que respectivamente assumiram o Lado A e o Lado B do registro, Grangongon (o single) deve ser o último lançamento da banda antes que ela dê início (finalmente) às gravações de seu primeiro trabalho completo, com previsão para 2012. Enquanto a homônima faixa de abertura parece seguir dentro dos mesmos padrões lançados no single anterior, Fez-se Cristo (o Lado B) se cobre de uma instrumentação ainda mais espessa, climática e menos adornada pelos direcionamentos experimentais. Resta agora esperar pela estreia da banda, que se seguir a mesma sonoridade excepcional dos últimos singles será um álbum e tanto.

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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.