Experimente: Carne Doce

/ Por: Cleber Facchi 25/04/2013

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Somos uma banda de Goiânia, criada por um casal”, você não precisa saber além disso para se encantar pelo projeto da dupla Carne Doce. Sustentados por referências que vão dor rock nacional da década de 1970, passando pelo clima brega-chique dos anos 1980 até estacionar nos experimentos da música recente, Salma Jô e o parceiro Macloys encontram em Dos Namorados EP um exercício de confissões diversas. São declarações – românticas ou não – que circulam de forma natural pelo cotidiano do dupla. Um simples “bom dia”, carícias, uma briga, tapas e beijos. Tudo em um ambiente que parece desvendado por completo apenas pelo casal.

Carne Doce

Poderia ser Pepeu e Baby, Rita e Roberto ou o casal Letuce, mas não é. Trata-se de algo que pertence apenas à jovem dupla, consciente de cada mínima porção de esquizofrenia (poética e instrumental) que se esparrama pela obra. Quem acompanha o trabalho de Tulipa Ruiz e Céu não vai encontrar qualquer dificuldade em transitar pela curiosa obra de seis faixas. Enquanto as guitarras soam como qualquer composição abençoada pelos membros do Cidadão Instigado, os vocais dançam por entre épocas sem jamais se fixar em nada. Experimento em prol de um invento pop, caseiro como a dupla aponta, mas que lentamente se aproxima da realidade do ouvinte – esteja ele acompanhado ou não.

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Carne Doce – Dos Namorados EP

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.