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Guitarras fragmentadas, teclados chapados, vozes apenas quando necessário e uma ambientação tomada de ecos e efeitos sintéticos, algo típico da chillwave norte-americana, mas que estranhamente escapa do primeiro EP da dupla carioca formada por Pedro Antonio e Lucas Kaua, ou simplesmente Labrador. Correndo pelo mesmo caminho já pavimentado pelos conterrâneos do Dorgas, a dupla – que não traz nada além de algumas imagens estranhas como meio de divulgação, além, claro, de sua música – derrama suas composições de forma excêntrica, mesclando sequências de pura experimentação com algumas mínimas frequências de música pop, se é que isso é possível.

Dotado de cinco faixas, o primeiro registro da dupla torna constante a busca por um som que embora pareça desequilibrado e instável, mantém continua a ligação entre todas suas composições, gerando um som que mesmo excêntrico se propõem de forma coesa e atmosférica, como se todas as faixas fossem apenas uma, ou uma composição fatiada em cinco pequenas partes. Suave, viajado e carregado versos suficientemente agradáveis, o pequeno disco deixa apenas uma dúvida: quando saem as próximas composições da dupla?

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