Experimente: Lício

/ Por: Cleber Facchi 04/09/2013

Por: Cleber Facchi
Imagens: Larissa R. Vasco

Lício

.

Entre acordes tímidos de violão, as gaivotas e o mar está o músico fluminense Lício. Dono de uma voz abrandada e cercado com leveza por um cardápio de sons banhados pelas referências litorâneas, o jovem compositor abre com cuidado as portas para Fregata Magnificens, primeiro e delicado EP em carreira solo. Detalhado sob o mesmo intendimento sombrio da recente obra de Momo (Cadafalso) ou dos conceitos que amortecem Phill Veras, o artista encontra na calmaria e nas confissões amargas a base para bem desenvolvidas canções como Mar Bravio e A Vida É Um Passo. Faixas que flutuam entre a confissão e a angústia sem perder o rumo ou afogar em melancolia.

46436_428320760556192_1002498078_n

Longe da herança acumulada por Marcelo Camelo em carreira solo – base para boa parte dos artistas recentes que passeiam pelo mesmo gênero -, Lício firma na relação com veteranos da música nacional um componente de sobrevivência para a própria obra. São passagens expressívas pela obra de Dorival Caymmi e até João Gilberto, mas sem excluir o teor autoral do criador. Além do primeiro EP, que entrega pistas suficientes sobre os possíveis rumos do cantor, um vídeo feito para a faixa Eu Não Sei Nadar ajuda a reforçar a estética marítima que salga com beleza o trabalho do músico. Experimente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.