Interpol: “Ancient Ways”

/ Por: Cleber Facchi 19/08/2014

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O título e o verso central de Ancient Ways não poderiam ser mais claros: “fodam-se os caminhos antigos“. Espécie de “resposta” ao peso da própria obra, ainda hoje sufocada pela herança dos dois primeiros discos da banda – Turn on the Bright Lights (2002) e Antics (2004) -, o mais recente fragmento de El Pintor (2014) resume de maneira o mesmo som raso que o grupo insiste em promover desde o último álbum.

Como se não bastasse a seleção de versos cíclicos e arranjos que tropeçam no mesmo pop-rock do Placebo em Battle For The Sun (!), Ancient Ways ainda replica uma estrutura já utilizada nas faixas mais comercias do trabalho anterior, de 2010 – principalmente Barricade. Previsíveis blocos de guitarras, vozes duplicadas e batidas rápidas que se espalham entre um refrão e outro, como se o grupo buscasse reciclar de forma mecânica a mesma estrutura de Obstacle 1 e demais faixas lançadas há mais de uma década. Paul Banks pode até reclamar, mas por enquanto são estes “antigos caminhos” que realmente importam dentro da obra do Interpol.

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Interpol – Ancient Ways

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.