Jenny Hval: “High Alice”

/ Por: Cleber Facchi 14/08/2019
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O que aconteceria se Clarice Lispector (1920 – 1977) e Kylie Minogue se encontrassem dentro de estúdio? A resposta para essa pergunta talvez seja encontrada em High Alice. Mais recente criação da cantora e compositora norueguesa Jenny Hval, a faixa nasce a partir do cruzamento entre duas das principais referências da artista para o álbum The Practice Of Love (2019). De um lado, o pop eletrônico e leveza na construção dos versos, estrutura que naturalmente aponta para a obra da cantora e compositora australiana. No outro, o existencialismo na escritora naturalizada brasileira, efeito direto do clássico A Hora da Estrela.

Marcada pela versatilidade nas batidas e lenta sobreposição dos sintetizadores, High Alice não apenas reflete o experimentalismo sutil de Hval, como se permite dialogar com a música pop em uma estrutura porcas vezes antes vista na discografia da cantora norueguesa. Sequência ao elogiado Blood Bitch — 34º colocado na nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2016 —, The Practice Of Love conta com oito composições inéditas e repletas de participações especiais. Em meados de julho, a artista deu vida a também curiosa Ashes To Ashes, uma de suas melhores (e mais completas) criações até agora.

The Practice Of Love (2019) será lançado em 13/9 via Sacred Bones.


Jenny Hval – High Alice

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.