Kele: “Jungle Bunny”

/ Por: Cleber Facchi 05/09/2019

Entender os rumos de Kele Okereke em carreira solo está longe de parecer uma tarefa fácil. Se no início da década o vocalista do Bloc Party aproveitou do hiato da banda para investir no autoral The Boxer (2010), primeiro trabalho sob o título de Kele, sete anos mais tarde, o cantor e compositor inglês fez de Fatherland (2017), agora com o sobrenome anunciado, o princípio de uma nova fase. Curioso perceber na recém-lançada Jungle Bunny um regresso conceitual a esse primeiro projeto, mas que dialoga musicalmente com a discografia de sua principal banda.

Escolhida para apresentar o terceiro álbum solo de Kele, 2042 (2019), a canção discute racismo e a herança cultural do próprio artista em uma colorida sobreposição de ideias. São guitarras que apontam para o trabalho do Bloc Party, principalmente em Intimacy (2008), batidas eletrônicas resgatadas de The Boxer e a essência africana detalhada no repertório de Fatherland. Não se trata de uma canção ruim, mas de um produto claro da completa ausência de direção e inconsistência criativa que marca o trabalho do artista desde o bom A Weekend In The City (2007).

2042 (2019) será lançado em 8/11 via KOLA.


Kele – Jungle Bunny

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.