Lotic: “Burn A Print”

/ Por: Cleber Facchi 21/05/2020

Com o fim das atividades da Tri Angle Records, casa de produtores como Clams Casino e The Haxan Cloak, parte dos artistas relacionados ao selo começam a migrar para outras gravadoras. É o caso de Lotic. Responsável por uma sequência de obras importantíssimas lançadas na última década, caso do experimental Heterocetera (2015) e Power (2018), a cantora e produtora norte-americana decidiu assinar com a Houndstooth, por onde passaram nomes como House Of Black Lanterns, The Keep e Special Request, para dar vida a uma série de novos registros autorais.

É o caso da recém-lançada Burn a Print. Faixa mais acessível já produzida por Lotic, a canção preserva parte da essência detalhada no disco anterior, porém, passeia por diferentes campos da música de forma sempre detalhista. Instantes em que a produtora bebe do mesmo experimentalismo pop que marca o trabalho de Björk no final da década de 1990, porém, de forma sempre inexata, torta, direcionamento que se reflete não apenas na composição das batidas e temas instrumentais, mas, principalmente, na forma como a voz ganha forma e cresce ao longo da canção.



Lotic – Burn A Print

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.