Luneta Mágica: “Lulu” (VÍDEO)

/ Por: Cleber Facchi 07/09/2015

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Ângulos de câmera ousados, coreografias, imagens filmadas de trás para frente e até de cabeça para baixo. Para a montagem do primeiro videoclipe da carreira, a banda amazonense Luneta Mágica não poupou esforços. Em Lulu, composição escolhida para apresentar o melódico No Meu Peito (2015), segundo registro de inéditas do grupo original da cidade de Manaus, banda e diretor trabalharam em parceira durante quase oito meses, resultado explícito em cada passo de dança ou virada de câmera que passeia pelo centro da capital amazonense.

De versos e arranjos pegajosos, a canção resume com naturalidade a mudança de rumo assumida pelo grupo desde a estreia com Amanhã Vai Ser o Melhor Dia da Sua Vida, obra apresentada em 2012 e uma eficiente passagem para o universo de temas mágicos assinados pela banda. Hoje composto por Erick Omena, Pablo Araújo, Eron Oliveira, Isaac Guerreiro e Jefferson Santos, o grupo estreita ainda mais a relação com o pop, mergulhando de cabeça no mesmo universo de artistas como Skank, Los Hermanos, The Beach Boys e The Beatles. No Meu Peito faz parte da nossa lista de 25 Melhores Discos de 2015. Para o lançamento do primeiro clipe da banda, conversamos com Rafael Ramos, diretor responsável pelo vídeo (abaixo).

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Gostaria que vocês comentassem sobre o processo de gravação e  produção do clipe: onde ele foi filmado, quanto tempo levou até ser finalizado e quem são os principais envolvidos no trabalho.

Desde as primeiras conversas com a banda até a finalização foram mais ou menos oito meses. A ideia era lançar o clipe junto com o disco. Como eu estava envolvido na gravação de um curta-metragem e a banda com a produção e divulgação do disco acabamos estendendo o prazo. Foram três dias de gravações e o cenário escolhido foi a Avenida Eduardo Ribeiro e o Largo São Sebastião, no centro de Manaus. Nas discussões de roteiro com a banda tínhamos claro de que deveria ser algo simples e direto – sem muitas camadas, subtextos ou algo cerebral –, mas uma ideia simples que refletisse a simplicidade da letra e da sonoridade da música. Então chegamos numa estrutura de uma garota que por onde passa transforma seu entorno com sua alegria. Trabalhamos com uma equipe reduzida. Pessoas que já colaboraram comigo, como Diego Bauer (produção), Hamyle Nobre (a atriz que interpreta Lulu), César Nogueira (fotografia) e Renildo Rodrigues (Assistente de direção). Convidei também o Francisco Ricardo pra direção de arte e Adriely Cordeira para a produção.

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O clipe usa muitos truques de câmera e poucos efeitos digitais, conceito bastante explorado por diretores como Michel Gondry (Björk, The White Stripes) e Nabil Elderkin (Foals, Bon Iver). Quais foram as principais referências para a construção do clipe.

O clipe absorve alguns conceitos explorados por diretores como o Michel Gondry. Ele é uma grande referencia pra mim, gosto de buscar esses truques de câmera, brincar com fotos e efeitos mais “ artesanais”, é uma características que a linguagem do clipe oferece e que eu gosto de explorar. Algumas referências importantes para Lulu foram os clipes da Fiona Apple – Paper Bag e Across The Universe. O primeiro uma referência do jazz pra coreografia e o segundo com relação ao movimento de câmera. It’s So Quiet da Björk também . Alguns vídeos da Madonna usei como referência pros truques de câmera. Usei alguns clipes pop também, como o clipe clássico das Spice Girls, Wannabe. Enfim, muita referência pop.

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Luneta Mágica – Lulu

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Luneta Mágica – No Meu Peito

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.