Miojo Indie Mixtape “Summer” Edition 2

/ Por: Cleber Facchi 06/12/2011

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Uma das primeiras mixtapes que apresentamos aqui no Miojo Indie (quando ainda éramos um Tumblr, vejam só) foi a Summer Edition, em novembro do ano passado, logo, para saudar mais uma vez a chegada do verão preparamos uma seleção apenas com músicas lançadas ao longo de 2011 e que reforçam justamente o clima quente da estação. Entre acordes típicos do ritmo praieiro, boas doses de lisergia (ênfase aí) e algumas pequenas incursões pela eletrônica chapada que abrange a estação, surge agora um conjunto de 12 canções que vão imediatamente transportar o ouvinte para alguma praia ensolarada ao redor do globo.

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#01. Intro

Chuáaaaaaaaa, chuáaaaaa, tchibum.

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#02.  Surfer Blood – I’m Not Ready

Retirada do mais novo álbum do Surfer Blood – o recente Tarot Classics EPI’m Not Ready abre de maneira ensolarada nossa nova mixtape. Menos voltada para a busca de um som sujo e caseiro (como o encontrado no primeiro registro do grupo) a faixa revela uma sucessão de acordes dançantes, além dos vocais melódicos e crescentes de John Paul Pitts em um formato que automaticamente encaminham o ouvinte para a beira da praia. Passe bem o protetor e vamos lá!

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#03. Real Estate – It’s Real

No meio da sucessão de acertos que comandam o novo álbum da norte-americana Real Estate uma verdadeira pérola da música pop: It’s Real. Harmônica até o caroço e comandada por uma série de guitarras divertidas, um backing vocal no melhor estilo Beach Boys e versos que parecem montados para grudar no cérebro do espectador, a canção é um dos pontos altos do fresquinho Days, lançado há pouco tempo e de longe um dos grandes lançamentos de 2011. Ôoôoôoôoôoo Ôoôoôoôoôoo Ôoôoôoôoôoo It’s Real.

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#04. Tennis – Long Boat Pass

Dividida entre a melancolia e a felicidade, Long Boat Pass é uma das melhores representantes do doce Cape Dory, primeiro registro em estúdio da dupla norte-americana Alaina Moore e Patrick Riley, casal que assume todas as direções do projeto Tennis. Composta enquanto a dupla resolveu largar a vida e seguir em uma aventura de barco pelas Bahamas, a canção (assim como todas as demais faixas do álbum) dialogam diretamente com os sons marítimos, com o duo montando o som perfeito para um passeio pelas ondas ou para qualquer outro dia de Sol.

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#05. Wavves – I Wanna Meet David Grohl

Se em 2011 Nathan Williams do Wavves resolveu apenas aproveitar os louros conquistados com o último trabalho de sua banda, o elogiadíssimo King Of The Beach, no pouco tempo em que resolveu nos presentear com algum novo material de estúdio o músico californiano não decepcionou. Tão inspirada (se não mais) quanto qualquer outra composição do último registro do músico, I Wanna Meet David Grohl para além de uma soma de versos hilários desce uma sequência de boas guitarras, com Williams e seus parceiros acertando mais uma vez.

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#06. Toro Y Moi – Freaking Out

Em 2011 Chazwick Bundick resolveu de vez abandonar as afetações lisérgicas e essencialmente lo-fi do primeiro álbum como Toro Y Moi, para se entregar de vez ao uso de sons marcados pela psicodelia pop. Se em Underneath The Pine todas essas constatações já eram bastante óbvias, com a chegada de Freaking Out EP isso se intensificou ainda mais, com o músico apresentando uma pequena sequência de cinco faixas empolgadas, canções embebidas pelas mesmas experiências de outrora, porém padronizadas em um ambiente inovador e acessível, algo que Freaking Out representa com perfeição.

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#07. Cults – Go Outside

Em meio a tantas redundâncias em se tratando do trabalho de casais no meio musical, o duo nova-iorquino Cults resolveu de fato contribuir com um bom lançamento. Melhor e mais empolgante exemplo disso está em Go Outside, segunda música do primeiro e homônimo disco da dupla, a canção carregada de reverberações lo-fi, xilofones encantadores e, claro, os vocais sempre agradáveis da querida Madeline Follin.

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#08. Dum Dum Girls – Bedroom Eyes

Lançado ao final de setembro Only In Dreams é o nome do segundo e mais novo lançamento da banda de garotas Dum Dum Girls. Muito melhor do que o primeiro registro do quarteto californiano, o álbum vai suavemente desenrolando um belo conjunto de composições, faixas como a sofrida Bedroom Eyes, música que parece perfeita para um melancólico pôr-do-sol. “Oh, I need your bedroom eyes”.

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#09. Washed Out – Amor Fati

Quem esperava por uma continuação madura do elogiado EP Life of Leisure do Washed Out provavelmente não se decepcionou com o lançamento do envolvente Within and Without. Primeiro lançamento oficial do norte-americano Ernest Greene, o álbum apresenta nove canções embriagadas pelas mesmas referências preguiçosas dos anteriores lançamentos do produtor. Entre destaques como Eyes Be Closed e You And I, o melhor desempenho fica por conta da romântica Amor Fati.

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#10. Big Troubles – Sad Girls

Seguindo com o clima romântico (e ensolarado) da mixtape, Sad Girls destila todo o romantismo do grupo norte-americano Big Troubles, banda responsável por uma das grandes estreias de 2010 e que em setembro deste ano apresentou seu novo registro em estúdio. Tristinha e tomada por um refrão extremamente pegajoso, a canção evidencia os novos rumos do grupo, que além de manter a velha predisposição ao surf rock, se aproxima de uma sonoridade muito mais voltada ao rock alternativo.

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#11. Girls – How Can I Say I Love You?

Extremamente vasto Father, Son, Holy Ghost, novo álbum da dupla californiana Girls transpira todo o romantismo do gênio Christopher Owens, vocalista e principal letrista do projeto. Entre faixas memoráveis como Die e Vomit – ambas marcadas pela melancolia sufocante de Owens -, o músico e o parceiro Chet “JR” White aproveitam para desenvolver uma canção marcada pela simplicidade e a sinceridade de seus versos, How Can I Say I Love You?, composição que demonstra toda a força volátil do duo e um dos grandes tratados românticos do ano.

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#12. Peaking Lights – Key Sparrow

Enquanto o Sol se põe no horizonte, nada melhor do que as suaves ondas sonoras propagadas pela dupla Peaking Lights para contribuir com o doce clima de despedida que se instala. Sorumbática, Hey Sparrow traduz toda a calmaria e o toque de melancolia que se abate sobre o trabalho do casal Indra Dunis e Aaron Coyes, responsáveis pelo álbum 936 um dos melhores discos lançados durante o ano e registro que em poucos segundos embarca o espectador em uma viagem lisérgica marcada pela suavidade.

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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.