O Terno: “Tic Tac” e “Harmonium”

/ Por: Cleber Facchi 04/11/2013

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Pouco mais de um ano desde o surgimento com o álbum 66 e a paulistana O Terno reforça a própria maturidade. Em Tic Tac e Harmonium, mais novas composições do trio formado por Tim Bernardes, Guilherme d’Almeida e Victor Chaves, todas as experiências nostálgicas impostas no primeiro disco abrem espaço para um cenário marcado de forma assertiva pela mutabilidade dos ritmos e a perversão da própria estética. A relação com a década de 1960 ainda é clara e constante, entretanto, a busca pela crueza típica do The Who e os pequenos flertes com a Soul Music arrastam a tríade com para um cenário próximo dos dos anos 1970. Caetano Veloso, T. Rex, Tim Maia e todo um catálogo de referências circulam livremente no pequeno universo da banda.

Enquanto Tic Tac assume a urgência declarada dos ponteiros de um relógio, mudando de rumo a cada segundo, acorde ou batida, Harmonium aparece como um completo oposto. Melancólica e lenta, a canção firma uma relação explícita com as mesmas transformações impostas pelo Garotas Suecas no novo álbum, Feras Míticas (2013), trazendo na calmaria assumida um ponto de completo afastamento com o cenário proposto musicalmente com o debut 66. Duas vertentes específicas do que marcou a fase mais clássica do rock’n’roll, mas que encontram nas mãos do trio paulistano um salto natural para o presente e devem guiar de forma declarada os próximos inventos da banda.

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O Terno – Tic Tac / Harmonium

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.