Os Melhores de 2012

/ Por: cleberfacchi 21/12/2012

Nik Silva

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Pelas próximas semanas nossa lista de melhores do ano – nacionais e Internacionais – deve tomar formas. Enquanto isso é hora de apresentar os eleitos por nossos colaboradores, blogs parceiros, amigos e membros do Miojo Indie como os registros que mais chamaram a atenção durante o ano. Assim como fizemos em 2011, cada um dos convidados tem direito de escolher um álbum (ou mais álbuns), explicando os motivos que transformaram tal registro num dos melhores discos de 2012 – independente da aceitação ou não nos textos do blog. Nosso convidado de hoje é Nik Silva, redator do site MonkeyBuzz e uma das mentes pensantes por trás do Infinites Playlist.

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Tame Impala

Tame Impala
Lonerism (Modular)

Ondas Psicodélicas se fazem presentes novamente em Lonerism, segundo trabalho do Tame Impala, que desta vez encara o gênero sob outra perspectiva. O grupo traz ao álbum novos elementos, sonoridades e ideias, abusando principalmente dos sintetizadores e criando algo diferente do que havia sido mostrado anteriormente. Mas também mantém alguns aspectos de seu primeiro lançamento, como as temáticas introspectivas que continuam basicamente as mesmas. Kevin Parker está perdido em meio a um turbilhão de acontecimentos recentes e começa e se questionar sobre qual seu papel no meio de tudo isso. O recluso assumido da primeira obra se vê agora cercado de muita gente, o que leva a se questionar se as conclusões tiradas em Innespeaker ainda são validas. Se erguendo a base de decepções, solidão, conformidade, vulnerabilidade, relutância, amargura e mais uma gama de outros sentimentos negativos, o disco escancaram uma pessoa cheia de problemas em se aceitar e em achar seu lugar. Os desequilíbrio emocionais de Kevin se mostram também através das composições que navegam por mar etéreo e muito volátil, fazendo cada uma das músicas soarem de maneira diferente, adquirindo, cada uma, uma identidade muito própria. No fim das contas, Kevin parece ter encontrado a mesma reposta que encontrou em seu primeiro disco: Solitude Is Bliss. (Resenha)

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Nik Silva (23)
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São Paulo – SP