Arthur Melo: “Adeus”

/ Por: Cleber Facchi 05/06/2020

Delirante, intimista e deliciosamente atmosférico. Assim pode ser resumido o terceiro e mais recente álbum de estúdio do cantor e compositor mineiro Arthur Melo, o recém-lançado Adeus (2020). Produzido, composto e gravado inteiramente pelo próprio artista entre janeiro e março deste ano, o trabalho que conta com lançamento pela Sentinela Discos, alcança um ponto de equilíbrio entre as captações caseiras do antecessor Metanoia (2019) e as composições melódicas que embalam o delicado Agosto — 46º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Nacionais de 2017

São pouco mais de 40 minutos em que Melo parece jogar com o uso de pequenas ambientações, violões psicodélicos e vozes submersas, proposta que naturalmente aponta para os primeiros registros de Devendra Banhart. Instantes em que o músico, também responsável pelo ótimo Nhanderuvuçu (2018), dialoga com a obra de veteranos da nossa música, como Caetano Veloso e Milton Nascimento. Um misto de passado e presente que acaba se refletindo em algumas das principais faixas do disco, como no samba de Agonia e a caseira 2012, o Ano Bege, logo na abertura do álbum. Ouça:




Arthur Melo – Adeus

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.