Agüita (2020), esse é o segundo e mais novo álbum do cantor e compositor Gabriel Garzón-Montano. Com distribuição pelos selos Jagjaguwar e Stones Throw, o sucessor de Jardín (2017), casa de músicas como Bombo Fabrika, Sour Mango e Crawl, reflete a busca do nova-iorquino por uma sonoridade cada vez mais ampla. São arranjos e fórmulas instrumentais que pervertem o habitual R&B/pop que apresentou o multi-instrumentista para provar de elementos da produção latina, principalmente os ritmos colombianos, como uma homenagem do artista à herança cultural do próprio pai.

O resultado desse processo está na entrega de um registro que preserva a essência criativa de Garzón-Montano, vide o forte diálogo com a obra de veteranos como Prince e Lenny Kravitz, mas que ser permite provar de novas possibilidades dentro de estúdio. Exemplo disso está na série de músicas apresentadas pelo artista nas últimas semanas. É o caso da própria faixa-título do álbum, canção que aponta para o trap latino de Bad Bunny, vide o ótimo YHLQMDLG (2020), e Someone, claro ponto de transição entre material entregue em Jardín e as canções apresentadas em Agüita.

Gabriel Garzón-Montano – Agüita