A versatilidade é uma das principais marcas do primeiro álbum de Jehnny Beth em carreira solo. Conhecida pelas criações como vocalista e principal articuladoras do Savages, com quem trabalhou nos ótimos Silence Yourself (2013) e Adore Life (2016), a cantora e compositora britânica estabelece no recém-lançado To Love Is to Live (2020), a passagem para um mundo de novas possibilidades. Canções que vão do rock à música eletrônica em uma linguagem sempre desafiadora, forte, como um acumulo de tudo aquilo que a musicista tem produzido desde os primeiros registros autorais.

Para a realização do trabalho, Beth contou com a participação de diferentes colaboradores. São produtores, como Flood (PJ Harvey, U2), Atticus Ross (Nine Inch Nails, Korn) e Johnny Hostile, com quem divide o projeto John and Jehn, além, claro, de nomes curiosos como Romy Madley Croft (The xx), Joe Talbot (IDLES) e o ator Cillian Murphy. Nas últimos meses, a musicista de ascendência francesa revelou algumas das principais composições que recheiam o disco, caso de I’m The Man, o experimentalismo eletrônico de Flower, Innocence a ainda recente Heroine, lançada há poucas semanas.

Jehnny Beth – To Love Is to Live