Jesus Is King (2019) está entre nós. Pouco mais de um ano após o famigerado Wyoming Sessions, intenso processo criativo que resultou na produção de cinco registros de inéditas — Daytona, Ye, Kids See Ghosts, Nasir e K.T.S.E. —, Kanye West está de volta com o nono álbum de estúdio da carreira. Fortemente inspirado pela música gospel e toda a série de apresentações envolvendo o “religioso” Sunday Service, o rapper norte-americano entrega ao público 11 composições inéditas em que utiliza dos próprias rimas como uma expressão de louvor a Deus, ampliando tudo aquilo que tem sido explorado desde a estreia com The College Dropout (2004).

Com produção assinada pelo próprio artista, além, claro, de veteranos como Timbaland (Usher, Justin Timberlake), Benny Blaco (The Weeknd, Selena Gomez) e Mike Dean (Jay-Z, Beyoncé), Jesus Is King ainda se abre para a breve interferência de diferentes representantes da música pop. São nomes como Ty Dolla Sign, em Everything We Need, Fred Hammond, na ótima Hands On, e um inusitado encontro entre Clipse e Kenny G, em Use This Gospel, uma das principais faixas do disco. O destaque acaba ficando por conta da série de interferências de Ant Clemons, uma das vozes que integram a série de apresentações do Sunday Service.

Kanye West – Jesus Is King