Renegade Breakdown (2020), esse primeiro registros da poetisa franco-canadense Marie Davidson em parceria com os músicos Pierre Guerineau e Asaël R. Robitaille, do L’Œil Nu. São pouco mais de 50 minutos em que o ouvinte é convidado a mergulhar em uma obra deliciosamente marcada por experimentações com a música eletrônica, elementos que vão da spoken world ao techno e versos sempre provocativos, fortes. Canções que evocam a essência de veteranos da produção europeia, como Giorgio Moroder a Serge Gainsbourg, porém, de forma sempre particular.

Entre as canções que recheiam o disco, músicas como a autointitulada faixa de abertura, entregue ao público há poucas semanas, além de outros acertos como Worst Comes To Worst, C’est parce que j’m’en fous e a extensa Back To Rock, com mais de sete minutos de duração. Esse é o primeiro grande lançamento da artista desde a série de obras apresentadas na última década. É o caso de Adieux Au Dancefloor (2016), e, principalmente, Working Class Woman (2018), trabalho que reflete a maturidade de Davidson como compositora e casa de faixas como Work It e Workaholic Paranoid Bitch.

Marie Davidson & L’Œil Nu – Renegade Breakdown