Rodrigo Amarante: “Maná”

/ Por: Cleber Facchi 28/03/2013

Rodrigo Amarante

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Ninguém aproveitou tão bem o famigerado “recesso por tempo indeterminado” anunciado pelo Los Hermanos em Abril de 2007 quanto Rodrigo Amarante. Passados quase seis anos desde que o quarteto carioca deixou as atividades de lado, possibilitando aos seus integrantes dedicação exclusiva em carreira solo, com a chegada do single Maná a expectativa em torno do primeiro grande registro individual do ruivo cresce de forma expressiva. Depois de trilhar uma bem sucedida colaboração com Fabrizio Moretti (The Strokes) no Little Joy, dançar de forma bem humorada ao lado da Orquestra Imperial e aparecer vez ou outra em apresentações ao vivo com sua antiga banda, já estava mais do que na hora do músico entregar ao público o (quase) mitológico álbum solo que vem prometendo desde que o grupo entrou em hiato.

Mesmo que a “nova” composição já venha circulando desde 2008, ao ouvir versão final de Maná e perceber o clima caloroso que a envolve, Amarante faz valer todos os motivos que o transformaram em uma das figuras mais queridas do rock nacional da última década. Os sempre fieis (e chatos) seguidores do músico já anunciam a canção como uma das mais importantes do ano, mas vamos com calma. Trata-se de um aperitivo para o lançamento de Cavalo, primeiro registro solo do cantor, e uma pincelada do que vamos absorver em completude com a chegada do disco – previsto para o final de maio. Totalmente distante de tudo o que o músico conquistou até agora, a faixa mergulha fundo na herança de Jorge Ben, raspa com gosto nos Novos Baianos e brinca com o que há de mais envolvente nos sons chapados (ou não) da década de 1970. Uma completa quebra aos solos acelerados e toda a energia que orientava as anteriores composições do artista. Regada pela leveza e pelo descompromisso a faixa é praticamente um anúncio: Amarante não vai decepcionar, mas por enquanto, vamos com mais calma.

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Rodrigo Amarante – Maná

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.