Tame Impala: “Posthumous Forgiveness”

/ Por: Cleber Facchi 04/12/2019

Tem sido uma experiência deveras interessante acompanhar os rumos do Tame Impala nos últimos meses. Se no início do ano, durante o lançamento de Patience, Kevin Parker parecia mergulhar na neo-psicodelia de veteranos como Primal Scream e Happy Mondays, com a chegada de Borderline, primeiro single do aguardado The Slow Rush (2020), o músico australiano passou a adotar outra identidade musical. Um misto de novidade e permanente resgate criativo, direcionamento reforçado durante a entrega de It Might Be Time, canção que parece mergulhar no pop dos anos 1980.

A mesma ausência de certeza invade a inédita Posthumous Forgiveness. Dividida em duas metades, a canção revela no primeiro bloco uma psicodelia nostálgica, como se Parker apontasse para diferentes clássicos produzidos entre o final dos anos 1960 e início da década seguinte, vide a forte similaridade com a atmosfera latina das obras de Carlos Santana. Na porção seguinte, o mesmo synthpop lisérgico detalhado em Currents – 3º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2015 –, indicativo da completa versatilidade do músico australiano em estúdio.

The Slow Rush (2020) será lançado em 14/2 via Modular.


Tame Impala – Posthumous Forgiveness

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.