Vampire Weekend: “Step” e “Diana Young”

/ Por: Cleber Facchi 19/03/2013

Vampire Weekend

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Pouco parece ter sobrevivido da agitação tribal que marcava boa parte do primeiro álbum do Vampire Weekend em 2008. Mesmo que a passagem pelos ritmos africanos, tropicais e toda a experiência com a World Music (herança clara do Talking Heads) seja parte decisiva do que envolve o trabalho do grupo, a cada novo lançamento a surpresa e a transformação é crescente. Próximos de lançar o terceiro álbum da carreira, Modern Vampires Of The City, o quarteto nova-iorquino faz das inéditas Step e Diana Young pequenos pontos de evolução em relação a tudo o que fora acertado no bem sucedido Contra, de 2010. Esqueça a explosão tropical de A-Punk e Cousins, em nova fase as melodias pacatas e a suavidade bem delimitada falam mais alto no trabalho da banda.

Enquanto Step traz nos versos bem encaixados de Ezra Koenig toda a assertividade da canção, Diana Young traz de volta o que há de mais colorido em toda a discografia da banda. Juntas, as faixas atuam em uma medida quase complementar, como se uma ocupasse um espaço específico da sonoridade do grupo. Em ambas as faixas (principalmente na segunda) é perceptível o uso do autotune, elemento curiosamente bem aplicado e por vezes necessário para o jogo de contrastes que a banda desenvolve desde o primeiro álbum. Como já era previsível desde o lançamento de Contra, o novo registro (anunciado para sete de maio) deixa fluir a variedade maior de instrumentos e sons, proposta que deve acomodar o quarteto em um cenário de ineditismos e renovações.

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Vampire Weekend – Step

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Vampire Weekend – Diana Young

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.