Um dos nomes mais interessantes da recente fase da cena britânica, o cantor e compositor Westerman passou os últimos quatro anos se revezando na composição de uma série de faixas marcadas pelo reducionismo dos elementos e profunda entrega sentimental. Entretanto, foi com a chegada de Ark EP (2018), casa de músicas como Outside Sublime e Albatross, que o artista britânico alcançou uma parcela maior do público. São pouco melodias, batidas e vozes se entrelaçam de forma sempre sensível, cuidado que volta a se repetir na recém-lançada Blue Coimanche.

Lançada de surpresa, a canção marca o início de uma nova fase na carreira do músico, agora integrante do selo Partisan Records, casa de artistas como Cigarettes After Sex e Idles. Naturalmente íntima de tudo aquilo que Westerman tem produzido desde o início da carreira, a canção ganha forma em meio a guitarras atmosféricas, batidas e inserções sempre econômicas, como um complemento à voz do artista. Frações instrumentais e poéticas que naturalmente apontam para a obra de Arthur Russell, The Blue Nile e algumas das principais referências criativas do cantor inglês.

Westerman – Blue Comanche