Veterana da cena nacional e responsável por obras importantes, como Flames In The Head – 78º colocado em nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2000 –, o Wry, grupo sorocabano formado em 1994, anuncia para os próximos meses a chegada de um novo trabalho de estúdio. Primeiro álbum de inéditas da banda desde o bom She Science (2009), o disco deve preservar o lirismo existencialista e romantismo melancólico dos antigos registros, porém, apontando para novas direções criativas, conceito que se reflete com a chegada de Morreu a Esperança.

Sequência ao material apresentado em Travel, há poucas semanas, a faixa que conta com lançamento pelo projeto Radar Balaclava, do selo paulistano Balaclava Records, sustenta nos versos em bom português uma reflexão pessimista sobre o atual cenário político do país. “Um gosto amargo / A imagem estranha / Um egoísta / Como é que ele ganha“, questiona a letra da canção enquanto camadas de guitarras surgem e desaparecem durante toda a execução da faixa, revelando o completo esmero da banda que já se apresentou ao lado de nomes como The Subways e The Joy Formidable.

Wry – Morreu a Esperança