Xênia França: “Nave” (VÍDEO)

/ Por: Cleber Facchi 22/03/2019

Entre tambores e ambientações tribais que conversam com a música produzida em território africano, versos marcados pela forte religiosidade, flertes com o jazz, diálogos com a cultura Iorubá e confissões intimistas, Xênia França abre as portas do primeiro álbum em carreira solo. Cinco ou mais décadas de referências musicais (e históricas) que se dobram de forma a atender à poesia minuciosa da cantora baiana, como uma madura extensão de tudo aquilo que vem sendo explorado pela artista nos últimos trabalhos como integrante do coletivo paulistano Aláfia.

Obra de enfrentamento, Xenia (2017, Independente) carrega nos versos da inaugural Pra Que Me Chamas? um profundo debate sobre apropriação cultural, detalhando parte do território poético desbravado pela cantora ao longo do disco. “De vez em quando / Um abre a boca / Sem ser oriundo / Para tomar pra si / O estandarte / Da beleza, a luta e o dom / Com um papo / Tão infundo“, canta enquanto a percussão forte ocupa todas as brechas da faixa, transportando França para o mesmo universo de outros representantes do Afro Pop – sejam eles nacionais ou estrangeiros. Leia o texto completo.

Com direção de Camila Maluhy e Octávio Tavares, Nave é o mais novo clipe da cantora e compositora baiana Xênia França. A canção faz parte do primeiro álbum de estúdio da artista – 3º colocado em nossa lista dos 50 Melhores Discos Nacionais de 2017.


Xênia França – Nave

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.